Eslováquia/Tentativa de assassinato de PM revisto como ataque terrorista
Bissau, 04 Jul 24 (ANG) – As autoridades da
Eslováquia reclassificaram a tent
ativa de assassinato do primeiro-ministro
Robert Fico e vão agora investigar um ataque terrorista em vez de uma tentativa
de homicídio, anunciou hoje o Ministério Público eslovaco.
Fico
está a recuperar dos graves ferimentos sofridos quando foi atingido por quatro
tiros à queima-roupa, em 15 de maio, quando cumprimentava apoiantes na cidade
de Handlova, no centro do país.
Na
sequência do atentado, o presumível atirador, identificado pelos meios de
comunicação eslovacos como o poeta Juraj Cintula, 71 anos, foi acusado de
tentativa de homicídio premeditado e colocado em prisão preventiva.
“Com
base nas provas obtidas, o ato julgado será qualificado juridicamente como um
crime particularmente grave de terrorismo”, disse o Procurador-Geral eslovaco,
Maros Zilinka, num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
Uma
porta-voz do Ministério Público, Zuzana Drobova, disse à agência francesa AFP
que o suspeito foi hoje informado “de que se trata agora de um crime
particularmente grave de atentado terrorista”.
Fico,
59 anos, lidera uma coligação de três partidos composta pelo seu partido
populista e centrista Smer-SD, o partido centrista Hlas e o partido de
extrema-direita SNS.
Após
o atentado, foi submetido a duas longas operações num hospital da cidade de
Banska Bystrica, no centro da Eslováquia, tendo sido transferido para
Bratislava, a capital, em 31 de maio, para receber tratamento em casa.
O
suspeito, membro da Associação de Escritores Eslovacos, afirmou mais tarde que
não tinha intenção de matar o primeiro-ministro, que o classificou de
“mensageiro do mal” da “oposição falhada” no país.
Fico
foi empossado como primeiro-ministro no final de outubro pela quarta vez.
Tinha-se
demitido em 2018, na sequência de protestos devido ao assassinato do jornalista
Jan Kuciak, que investigava as atividades da máfia italiana no país.
A
nova nomeação foi rodeada de controvérsia e críticas pela posição pró-russa de
Fico em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
ANG/Lusa
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