terça-feira, 27 de agosto de 2024

Guerra Médio Oriente/Hamas apela à resistência após ataque israelita que matou cinco pessoas

Bissau, 27 ago 24 (ANG) – O grupo islâmico Hamas apelou hoje à “intensificação da resistência” contra a ocupação israelita na Cisjordânia e em Gaza, depois de cinco palestinianos terem morrido na segunda-feira à noite num ataque israelita.

O exército israelita anunciou na segunda-feira ter realizado um ataque aéreo contra o campo de refugiados palestinianos de Nour Chams, no norte da Cisjordânia ocupada, onde a Autoridade Palestiniana referiu cinco mortos na sequência do ataque.

“O sangue derramado não será em vão. Será um incentivo para a escalada da resistência e a continuação das nossas operações heroicas”, disse o Hamas em comunicado.

O Hamas reiterou que este tipo de incursões militares israelitas, mais frequentes e mais letais na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, em outubro passado, "não irão conter a onda de resistência".

“Queimará a terra sob os pés dos seus soldados e colonos”, acrescentou.

Segundo o correspondente militar do Times of Israel e a agência palestiniana Wafa, o ataque foi efetuado com um 'drone', aeronave não tripulada.

Desde o início do ano, o campo de Nour Chams tem sido palco de combates mortais entre o exército israelita e membros de vários grupos armados palestinianos.

Em abril, 14 palestinianos foram mortos em 48 horas durante uma ofensiva militar terrestre israelita.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas em solo israelita, a 07 de outubro, a violência aumentou na Cisjordânia, nomeadamente no norte deste território ocupado por Israel desde 1967, onde os grupos armados que lutam contra Israel são particularmente ativos.

Pelo menos 646 palestinianos foram mortos pelo exército israelita ou por colonos, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais palestinianos, e pelo menos 18 israelitas, incluindo soldados, em ataques palestinianos ou durante operações do exército na zona autónoma palestiniana, segundo dados oficiais israelitas.ANG/Lusa


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