EUA/Organização das Nações Unidas contra a repressão das mulheres no Afeganistão
Bissau, 09 Set 24 (ANG) - Doze dos quinze membros do Conselho de
Segurança da ONU condenaram a “opressão” das mulheres", e mostraram
preocupação com a nova lei de moralidade.
Numa declaração conjunta, a grande maioria do Conselho, com excepção da Rússia, da China e da Argélia, “expressam a profunda preocupação com a chamada ‘lei da moralidade’ anunciada pelos talibãs”.
“Queremos sublinhar que actos deste tipo por parte dos Talibãs
minam os esforços da comunidade internacional para dialogar com eles (...),
para conseguir um Afeganistão em paz no seu país e com os seus vizinhos, e
totalmente reintegrado na comunidade internacional”. O documento, que foi
lido à imprensa pelo embaixador japonês Yamazaki Kazuyuki,
condena "a
continuação da discriminação sistemática baseada no género e a opressão de
mulheres e raparigas por parte dos Talibãs”.
Os doze países apelam às autoridades afegãs para
que “revertam
rapidamente todas as políticas e práticas” que restringem os
direitos das mulheres.
A lei para “promover a virtude e prevenir o vício”, que surge
três anos após o regresso dos talibãs ao poder, foi anunciada pelo
Ministério da Justiça no dia 22 de Agosto. A lei estipula que “as mulheres
devem cobrir completamente o corpo na presença de homens que não pertençam à
sua família”, bem como o rosto “por medo da tentação”, o que implica o uso de
uma máscara sobre a boca. Estão também proibidas de fazer ouvir a sua voz em
público (cantar ou ler poesia).
Estão igualmente previstas proibições para os condutores de veículos: ouvir música, consumir drogas, transportar mulheres sem véu, transportar mulheres na presença de homens que não sejam membros da sua família ou mulheres sem um membro masculino da família. Seguem-se outras proibições: adultério, homossexualidade, jogos de azar, lutas de animais, criação ou visualização de imagens de seres vivos no computador ou no telemóvel, não ter barba ou ter barba demasiado curta e cortes de cabelo “contrários à Sharia. ANG/RFI
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