Sociedade/ Comissão Nacional de Direitos Humanos pede justiça em relação a morte de uma menina em Catió
Bissau,02
set 24 (ANG) - A Comissão Nacional para os Direitos Humanos (CNDH) exige a
responsabilização criminal dos presumíveis autores pelo espancamento até a
morte, de uma menina, na localidade de Catche Balanta, setor de Catió,Região de
Tombali, por alegadamente ter rejeitado se submeter ao casamento forçado.
O caso
ocorrido recentemente e que que envolve 14 mulheres foi abordado no sítio da
CNDH, consultada pela ANG.
De acordo
com a mesma publicação, a Presidente da instituição, Fernanda Maria da Costa condenou
“com veemência” o assassínio dessa menina de 18 anos de idade.
Fernanda
Maria da Costa, afirma que a CNDH não se compactua com comportamentos do
género, porque, atualmente, ninguém pode obrigar o outro a fazer o que não
quer. "Podemos ter filhos, mas eles não são nossas propriedades",
referiu.
"Basta!
Não é possível continuarmos a comportar-se como selvagens. Até quando vamos
continuar com esse tipo de atitudes e a cultura de violência que vem crescendo
na nossa sociedade”, questionou.
Suege que se
deve começar a pensar e agir como seres humanos. “Estamos num mundo moderno,
temos de aceitar a realidade", sublinhou.
Segundo
Fernanda Maria da Costa , situações de
violências estão a aumentar cada vez mais, por isso apela às autoridades
competentes, responsáveis pela investigação criminal, neste caso a Polícia
Judiciária, a levarem esse caso a sério, traduzindo os supostos culpados à
justiça e a sua consequente condenação, de acordo com a lei.
A Presidente
da Comissão Nacional dos Direitos Humanos lamentou o facto de as coisas estarem
a piorar, porque dantes as mulheres é que denúnciavam os maus tratados que sofriam dos homens, mas que agora as tendências se inverteram, sendo que as
mulheres se matam entre si.
Fernanda da
Costa lembra que, recentemente, a CNCH recebeu denúncias, também vindas da zona
de Catió, de um caso em que uma menina foi violentada, por ter recusado a se casar
com um homem de idade avançada, e diz
que o pior só não aconteceu porque a
vítima conseguiu se escapar, e foi parar na esquadra de polícia local, antes de
acolhida por pessoas de boa vontade, que
a impediram de voltar para casa.
Nos últimos tempos, de acordo com Fernanda da Costa, casos de violência contra raparigas, sobretudo ligados ao casamento forçado, têm-se multiplicado no Sul da Guiné-Bissau, nas regiões de Tombali e Quínara,.ANG/LPG/ÂC//SG
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