Dia Mundial Saúde Mental/”Fator socioeconómico do país motiva aumento de doenças mentais”, afirma Diretora do Centro Mental Osvaldo Vieira
Bissau, 10 Out 24 (ANG) - A
Diretora do Centro Mental “Osvaldo Máximo Vieira”, afirmou hoje que, os
fatores sociais e económicos com que o
país se depara no preciso momento estão por detrás de aumento dos casos de doenças mentais no país.
Vista do Centro Mental |
“No momento as dificuldades
em termos de alimentação é enorme, as escolas públicas não funcionam de forma
adequada, o salário não corresponde com as despesas de um funcionário, o
stresse e a ansiedade aumentam a cada
dia que passa. O que muitas das vezes acaba por levar uma certa pessoa ao
consumo excessivo do álcool, droga ou outros vícios que obviamente possa lhe
conduzir aos problemas mentais”, disse Quessangue.
Finhamba acrescentou
igualmente que, a ganância é um dos fatores que as vezes leva com que os jovens
acabam por deparar com problemas mentais. Porque, as vezes um individuo é
obrigado a praticar um certo ato só para competir com outros e isso leva a
pessoa à perturbação mental em muitos casos.
A Diretora do Centro Mental
Osvaldo Máximo Vieira defendeu a necessidade de saúde mental ser priorizada
pelo Governo uma vez que, segunda ela não se pode falar de boa saúde sem que
haja saúde mental de qualidade.
“Neste Centro recebemos os casos
de psicose (que é uma coisa mais agravada), caso de alcoolismo, ansiedade,
transtornos, depressão, stresse, entre outros. A consulta é acessivel ou seja é
de 1500 francos CFA, porque prestamos o seviço público”,informou.
Por outro lado, aquela
responsável disse que o povo tem todo Direito de ter cuidado mental de
qualidade e que por isso, precisam dos
profissionais capazes de dar respostas aos casos de doenças mentais com que o
país se depara.
Sublinhou que, o Governo é o
responsável no que concerne a garantia dos medicamentos para o Centro de modo à
estar em condições de responder as necessidades dos seus pacientes.
Quessanguê sugeriu que, o Centro
de Saúde Mental seja estendida para diferentes regiões do país com finalidade
de facilitar o acesso à atendimento aos necessitados uma vez que, de acordo com
ela, saúde mental é um Direito que
assiste o povo em geral.
“Atualmente, no Centro
contamos com apenas três médicos clínico geral que fazem consultas e dois enfermeiros que os
apoiam, dois psicólogos. Assim sendo, existe a necessidade de investir na
capacitação dos recursos humanos para dar resposta as demandas”,defendeu
Finhamba.
Contou que, o referido Centro
foi criado nos meados de 1985 sob o financiamento de cooperação holandesa e que
depois de ter findado a colaboração com
Holanda, o Governo da Guiné-Bissau assumiu a gestão do mesmo. Mas, com a guerra
de 07 de Junho de 1998 aquele estabelecimento ficou destruído por completo.
A mesma instituição de
tratamento de saúde mental foi reconstruído graças ao apoio financeiro da União
Europeia e foi inaugurado e entregado ao
Governo no dia 10 de Agosto de 2016.
“Apesar de ser reconstruído,
com a capacidade de 36 camas, mas não podemos internar doentes, porque não
temos cozinha para preparar comida dos doentes e também não foram separadas as
celas para dividir os doentes agressivos e os não agressivos”, revelou.
Aproveitou a oportunidade
para lançar um apelo ao Governo, bem como as pessoas de boa vontade no sentido
de ajudarem na ampliação do centro uma vez que segundo ela, ainda têm espaço
para fazer as coisas que estão a dar falta no momento.
Finhamba Quessangue explicou
que, nos tempos passado, o Centro de Saúde Mental Osvaldo Máximo Vieira era
considerado como referência a nível da sub-região e que as pessoas vinham de
exterior para fazer o tratamento na Guiné-Bissau. Mas, que, infelizmente agora
limitam simplesmente em fazer consultas, porque, não têm condições para
internar e muito menos dar seguimento aos pacientes.ANG/AALS/ÂC
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