EUA/Furacão Helene provocou mais de 200 mortos no sudeste
Bissau, 04 Out 24 (ANG) - O
furacão Helene que varreu a costa sudest
e dos Estados unidos esta semana causou
pelo menos 201 mortos de acordo com os últimos dados fornecidos pelas
autoridades locais.
Metade desses mortos, 100, foi
registada na Carolina do Norte. Helene é, desde já, considerado o segundo
furacão mais mortífero a atingir os Estados Unidos em mais de meio século,
depois do Katrina em 2005.
Perante esta situação, o Presidente Joe Biden
anunciou esta semana a decisão de mobilizar mais mil militares para as
operações de socorros na Carolina do Norte, reforços que se somam aos milhares
de socorristas e membros da guarda nacional já destacados naquele que foi o
Estado mais afectado pela passagem do furacão.
Juntando-se aos 100 mortos registados na
Carolina do Norte, Helene causou 41 mortos na Carolina do Sul, 33 na Geórgia,
14 na Florida, 11 no Estado do Tennessee e dois mortos na Virgínia.
Para além do balanço humano, os danos
materiais são também consideráveis. As inundações provocadas pelas chuvas e
ventos violentos arrastaram pontes, encheram lagos de destroços e destruíram
edifícios bem como estradas.
"O que vi, partiu-me o coração (...) Mas vimos
vizinhos a ajudar vizinhos, voluntários e funcionários ao lado uns dos outros.
Isso é a América",
escreveu o Presidente Joe Biden na rede X na quarta-feira após visitar
juntamente com a sua vice-presidente Kamala Harris alguns dos estados
sinistrados, em particular a Carolina do Norte.
Mas para além das mensagens de esperança, a
reconstrução vai exigir "bilhões de dólares e anos", avisou o
Secretário da Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, ao referir que "há localidades que literalmente
desapareceram".
Cientistas relacionaram a intensidade do
furacão ao aquecimento dos mares provocado pelas alterações climáticas.
Mas paralelamente a este aspecto, o furacão
acabou por ganhar também uma dimensão política, em plena campanha para as
presidenciais que acontecem dentro de um mês.
Enquanto Kamala Harris, a vice-presidente e
também candidata democrata às presidenciais, disse na quarta-feira durante uma
visita a um centro de operações de socorros na localidade de Augusta, na
Geórgia, que estava ali para "agradecer
e ouvir", o seu
adversário republicano, Donald Trump, disse em Valdosta, igualmente na Geórgia,
que "o Estado federal não está a reagir".
Trump acusou inclusivamente as autoridades democratas daquele Estado de "não ajudar deliberadamente os habitantes das áreas republicanas". "Ele mente", retorquiu Joe Biden, denunciando um discurso "irresponsável". "Em momentos como este, pomos de parte a política 'politiqueira'", vincou ainda o Presidente americano durante a sua visita à Carolina do Norte na quarta-feira.ANG/RFI
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