Guerra no Médio Oriente/Líbano
pede resolução do Conselho de Segurança da ONU para um "cessar-fogo
Bissau,11 Out 24(ANG) - O primeiro-ministro do Líbano,
Najib Mikati, pediu nesta sexta-feira uma resolução do Conselho de Segurança
das Nações Unidas para um "cessar-fogo imediato e completo", com o
acordo do grupo xiita Hezbollah, admitindo enviar o exército libanês para o sul
do país.
Em conferencia de imprensa, o chefe do executivo libanês
anunciou que, pela primeira vez com o acordo do Hezbollah, decidiu pedir ao
Conselho de Segurança da ONU que adopte uma resolução para um “cessar-fogo imediato e completo”.
Najib Mikati garantiu "o compromisso do Governo libanês de aplicar a decisão 1701 do
Conselho com todas as suas cláusulas, incluindo o destacamento do exército para
o sul do Líbano e o reforço da sua presença na fronteira libanesa de forma a
garantir a correta aplicação desta resolução".
A resolução 1701, que terminou com conflito entre Israel
e o Hezbollah em 2006, prevê a cessação das hostilidades de ambos os lados da
fronteira e que apenas as forças de manutenção da paz da ONU e o exército
libanês podem ser destacados para o sul do Líbano.
Os Estados Unidos e a França já vieram dizer que o
fortalecimento do exército libanês será essencial para implementara resolução
do Conselho de Segurança das Nações Unidas e manter a paz na fronteira entre o
Líbano e Israel.
As autoridades libanesas afirmaram que o ataque israelita
da noite passada contra dirigente do Hezbollah causou 22 mortos. O exército
israelita não divulgou qualquer ordem de evacuação prévia para estas zonas
antes do ataque e, até ao momento, ainda não se pronunciou sobre o sucedido.
Esta sexta-feira, 11 de Outubro, o Ministério dos
Negócios Estrangeiros do Líbano denunciou novos ataques israelitas contra uma
posição das forças de manutenção da paz do Sri Lanka no sul do Líbano, um dia
depois de pelo menos dois soldados da paz ficaram feridos no ataque israelita
contra uma torre de vigia na sede da missão da ONU no sul do Líbano.
A ONU mostrou-se "consternada" os comentários
exacerbados em torno da guerra entre Israel e o Hezbollah e apelou aos líderes
para acabarem com a sua "postura beligerante".
O primeiro-ministro israelita ameaçou o Líbano com o mesmo nível de destruição que infligiu a Gaza. Benjamin Netanyahu disse ainda que os libaneses “têm oportunidade de salvar o Líbano” antes que este caia numa guerra que leve “à destruição e sofrimento que se vê em Gaza”.ANG/RFI
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