Israel/Netanyahu ameaça Líbano com mesmo nível de destruição que infligiu a Gaza
Bissau, 09 Out 24 (ANG) - O Hezbollah disparou nesta quarta-feira, 9 de Outubro, rockets contra Israel, um dia depois do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter ameaçado o Líbano com o mesmo nível de destruição que infligiu a Gaza.
Num discurso dirigido ao povo libanês,
Benjamin Netanyahu explicou, terça-feira, que Israel enfraqueceu as capacidades
do Hezbollah, sublinhado que nos últimos ataques foram eliminados “milhares de terroristas, nomeadamente
Hassan Nasrallah, o substituto de Nasrallah e o substituto do seu substituto”.
O primeiro-ministro israelita disse ainda que
os libaneses “têm oportunidade de salvar o
Líbano” antes
que este caia numa guerra que leve “à destruição e sofrimento que se
vê em Gaza”.
Israel está a preparar uma resposta ao ataque
lançado, a 1 de Outubro, pelo Irão com 200 mísseis contra o território
israelita. Ataque que Teerão diz ter sido a resposta ao assassínio de Hassan
Nasrallah, líder do Hezbollah e do líder do Hamas palestiniano Ismaïl Haniyeh,
mortes reclamadas por Israel.O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros,
Abbas Araghchi, avisou Israel para “não pôr à prova” a
determinação de Teerão, perante a possibilidade de ataques israelitas em
resposta à investida do Irão, na semana passada.
No terreno, as forças armadas israelitas
afirmaram que estão a expandir a operação terrestre no Líbano com o
destacamento de uma quarta divisão, enquanto o movimento xiita libanês garante
que impediu, por duas vezes, que tropas israelitas se infiltrassem na cidade
fronteiriça de Blida, no sudoeste do Líbano.
Face à escalada no
Médio Oriente, o chefe da diplomacia da União Europeia lembrou que a Europa
deve tentar tirar partido da actual "fraqueza" do Hezbollah para reforçar as
estruturas políticas do Líbano e garantir um acordo de cessar-fogo com Israel,
Josep Borrell apelou
repetidamente aos intervenientes regionais para que respeitem o direito
internacional e humanitário, criticando Israel por bombardear infra-estruturas
civis e pela violência dos colonos na Cisjordânia ocupada. O responsável pela
diplomacia da União Europeia apresentou também uma proposta de sanção a dois
ministros israelitas. ANG/RFI
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