Jerusalém/Israel declara António Guterres 'persona non grata'
Bissau, 03 Out 24 (ANG) - O ministro dos
Negócios Estrangeiros israelita, Is
rael Katz, anunciou quarta-feira ter
declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, "persona non
grata" no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do
Irão a Israel na noite de terça-feira.
"Qualquer pessoa que não possa condenar
inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em
solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia
terroristas, violadores e assassinos", disse Katz num comunicado.
Terça-feira, Guterres condenou o alargamento do conflito no
Médio Oriente "com escalada após escalada" e apelou a um cessar-fogo
imediato após o Irão atacar Israel com mísseis.
"Condeno o alargamento do conflito no Médio Oriente com
escalada após escalada. Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um
cessar-fogo", frisou o ex-primeiro-ministro português, através da rede
social X.
A publicação de Guterres surgiu pouco depois do início de um
ataque com mísseis do Irão contra Israel.
"Em resposta ao martírio de [Ismail] Haniye, de Hassan
Nasrallah e do mártir [Abbas] Nilforushan (ex-comandante da Guarda
Revolucionária iraniana morto na sexta-feira em Beirute), atacámos o coração
dos territórios ocupados", declarou a Guarda Revolucionária do Irão num
comunicado divulgado pela agência noticiosa estatal ISNA.
Este anúncio iraniano surgiu depois de o Exército israelita ter
informado que tinham sido disparados mísseis do Irão, pouco depois das 19:30
locais (menos duas horas em Lisboa), e ordenado à população para procurar
abrigo.
Guterres já se tinha manifestado "extremamente
preocupado" com a escalada do conflito no Líbano, pedindo respeito pela
"soberania e integridade territorial" deste país, horas depois de as
Forças de Defesa de Israel (IDF) terem iniciado uma ofensiva terrestre para deter
a ameaça da milícia xiita Hezbollah, cujo líder, Hassan Nasrallah, foi morto na
sexta-feira num bombardeamento israelita em Beirute. ANG/Inforpress/Lusa
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