Miçambique/Renamo exige anulação dos resultados eleitorais em
oito distritos da província da Zambézia
Bissau,14 Out 24(ANG) - A
Renamo, principal partido da oposição moçambicana, exigiu a anulação do
apuramento dos resultados das eleições gerais de quarta-feira em oito distritos
da província da Zambézia, alegando que os seus delegados de candidatura foram
impedidos de assistir à operação.
"Havendo obstrução à
fiscalização e impedimento dos mandatários políticos, que, no nosso entender,
constituem irregularidades, é-nos conferido, por lei, o direito de requerer a
reposição da legalidade, devendo ser anulado todo o processo de apuramento
distrital", refere-se numa reclamação que a Resistência Nacional
Moçambicana (Renamo) apresentou ao Secretariado Técnico de Administração
Eleitoral (STAE) e a que a Lusa teve hoje acesso.
O principal partido da
oposição acusa os órgãos eleitorais de terem impedido que os seus delegados de
candidatura assistissem ao apuramento de votos nos distritos de Namacurra,
Gurué, Milange, Pebane, Mulombo, Morrumbala, Mocubela e Mulevala.
As eleições gerais de
quarta-feira incluíram as sétimas presidenciais - às quais já não concorreu o
atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de
dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para
assembleias e governadores provinciais.
À eleição à Presidência da
República concorreram Daniel Chapo, com o apoio da Frente de Libertação de
Moçambique (Frelimo), no poder desde 1975, Ossufo Momade, com o apoio da
Renamo, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM),
terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Otimista
para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).
A votação incluiu
legislativas (250 deputados) e para assembleias provinciais e respetivos
governadores de província, neste caso com 794 mandatos a distribuir.ANG/Lusa
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