São Tomé e Príncipe/Médicos
encetam greve por tempo indeterminado
Bissau, 25 Out 24 (ANG) - Os
médicos são-tomenses iniciaram, quinta-feira,
uma greve por tempo indeterminado para reclamar mais meios para preencher a sua
missão.
Os serviços mínimos estão
assegurados, segundo Benvinda Vera Cruz, secretária-geral do sindicato dos
Médicos de São Tomé e Príncipe.
A classe médica são-tomense reclama melhorias
de condições de trabalho, com destaque para medicamentos e consumíveis que
segundo a presidente do Sindicato, faltam inclusivamente para garantir os
serviços mínimos.
"Todos estamos aqui (...). Acho que há adesão
a 100% (…), nós queremos ter condições para trabalhar", declarou a presidente do Sindicato dos
Médicos (Simede), Benvinda Vera Cruz segundo a qual, após a entrega do
pré-aviso de greve há sete dias, realizaram-se dois encontros com a ministra da
Saúde e Direitos da Mulher, Ângela Costa, não tendo sido alcançado nenhum
entendimento para a suspensão da greve.
A representante sindical afirmou ainda que a
classe está disponível para a negociação e a suspensão da greve a qualquer
momento. "Estamos
abertos para negociar e suspender quando necessário for o caso. Nós queremos é
negociar e nós não negociamos", lamentou Benvinda Vera Cruz.
O Primeiro-ministro Patrice Trovoada, disse
ter conhecimento da greve e que o ministério do trabalho informou o Sindicato
dos Médicos de que o pré-aviso de greve submetido ao governo não cumpria os
requisitos legais, pelo que não se vai pronunciar sobre a greve.
"O sindicato foi informado de que o pré-aviso
não estava a cumprir os requisitos legais e que para que isso seja corrigido.
Penso que não foi corrigido. Se entraram em greve, o Ministério do Trabalho irá
ver como lidar com essa situação", declarou o chefe do governo de São Tomé e Príncipe.
Refira-se que no pré-aviso de greve que transmitiram à sua tutela, os profissionais de saúde acusam o governo de incumprimento dos diversos memorandos de entendimento que assinaram no passado. Nesses acordos que não incluem nenhum aumento salarial, os médicos exigem do executivo melhorias das suas condições de trabalho, a garantia de segurança do pessoal médico em serviço no hospital central e nos centros de saúde distritais, bem como o fornecimento de consumíveis e medicamentos. ANG/RFI
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