Ucrânia/
Volodymyr Zelensky inicia périplo europeu
Bissau,10 Out 24(ANG) - O
Presidente ucraniano foi recebido nesta quinta-feira de manhã, 10 de Outubro,
pelo primeiro-ministro Keir Starmer, em Londres, a primeira etapa do périplo
pela Europa. Volodymyr Zelensky vem buscar apoio dos aliados, a menos de um mês
das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Ao receber o Presidente
ucraniano, em Downing Street, o chefe do executivo britânico, Keir Starmer,
reiterou a importância e o compromisso de continuar a apoiar a Ucrânia. O Reino
Unido tem sido um dos principais aliados de Kiev, desde o início da invasão
russa da Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022.
Em Londres, Volodymyr
Zelensky tem encontro marcado com o novo patrão da NATO, Mark Rutte, que já
alertou para o facto da Ucrânia poder confrontra-se com o inverno mais rigoroso
desde a invasão russa.
Neste périplo europeu, o
Presidente ucraniano desloca-se ainda a Paris, Roma e Berlim. Esta viagem
acontece numa altura em que o exército russo progride no leste da Ucrânia e a
menos de um mês das eleições nos Estados Unidos, cujo resultado incerto levanta
os receios de Kiev quanto à continuidade do apoio americano.
Esta tarde, Volodymyr
Zelensky reúne-se com o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron e ao final do
dia viaja para Roma onde será recebido pela chefe do executivo italiano,
Giorgia Meloni, e na manhã de sexta-feira com o Papa Francisco no Vaticano.
No mesmo dia, Volodymyr
Zelensky será recebido em Berlim, na Alemanha, pelo Chanceler Olaf Scholz, cujo
Governo planeia reduzir para metade, em 2025, o montante atribuído à ajuda
militar bilateral destinada à Ucrânia, para grande descontentamento de Kiev.
Volodymyr Zelensky vai
aproveitar esta viagem à Europa para insistir nas exigências em termos de
equipamento militar. A Ucrânia tem estado a pedir luz verde para usar mísseis
britânicos "Storm Shadow" para atingir alvos dentro do território russo.
O instituto de pesquisa
alemão -Kiel Institute- alertou para uma possível queda na ajuda ocidental à
Ucrânia no próximo ano. O possível regresso de Donald Trump à Casa Branca “poderá bloquear futuros planos de ajuda no
Congresso”, alerta ainda instituto, que enumera a ajuda militar,
financeira e humanitária prometida e entregue à Ucrânia.
De acordo com as projecções
do Kiel Institute, a ajuda militar e financeira deverá ascender a cerca 55 mil
milhões de euros, respectivamente, em 2025, se os doadores ocidentais
mantiverem o nível de ajuda. Por outro lado, o apoio pode cair para metade,
para 25 mil milhões de euros, sem nova ajuda americana e se os doadores
europeus se alinharem com a Alemanha.
O chefe de Estado ucraniano
poderá ainda discutir com os líderes britânicos, franceses, italianos e alemães
o “plano de vitória”, que
pretende, segundo Zelensky, criar as condições para um “fim justo da guerra”. Este plano, que
permanece ainda vago, deverá ser revelado durante uma segunda cimeira de paz,
prevista para Novembro, mas as datas ainda não foram confirmadas por Kiev, o
que coloca em dúvida a organização da reunião de alto nível.
Nos últimos dias, Volodymyr
Zelensky tem repetido que quer “forçar” Moscovo a sentar-se à mesa de negociações e
aceitar as condições de Kiev.ANG/RFI
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