Clima/“Crise existencial” do mundo no centro da COP 16
Bissau, 01 Nov 24 (ANG) - A Conferência das Nações Unidas para a Biodiversidade(COP 16), que decorre em Cali, na Colômbia encerra esta sexta-feira.
Esta semana, O secretário-geral das Nações Unidas,
António Guterres, alertou que o mundo vive uma “crise existencial”, numa altura
em que os líderes mundiais divergem sobre como distribuir o dinheiro para
salvar o planeta.
A COP 16 tem como objetivo estabelecer mecanismos para
financiar e implementar as 23 metas de conservação da natureza determinadas na
anterior cimeira, no Canadá.
Há dois anos, os líderes mundiais prometeram colocar um terço
das terras e dos mares em áreas protegidas, reduzir pela metade os riscos dos
pesticidas, baixar em 500 mil milhões de dólares por ano os subsídios nefastos
que estimulam a agricultura intensiva e as energias fósseis.
O acordo previa, ainda, aumentar para 200 mil milhões de dólares
as despesas anuais destinadas à natureza, com os países ricos a
comprometerem-se a chegar aos 30 mil milhões de dólares em 2030. O problema é
como mobilizar e distribuir o dinheiro. Os países em desenvolvimento defendem a
criação de um novo fundo gerido pela COP que lhes seja mais favorável e
acessível, os países ricos dizem que é contraprodutivo porque já há outros
fundos multilaterais.
E assim o mundo vai vivendo numa "crise existencial" e
o planeta vai sendo destruído. O alerta foi dado pelo secretário-geral das
Nações Unidas, António Guterres.
Cada dia perdemos mais espécies. Cada minuto vertemos um camião
de lixo de plásticos nos nossos oceanos, rios e lagos. Não se enganem, estamos
perante uma crise existencial.
O tempo urge. A COP 16 termina esta sexta-feira e os
prognósticos apontam para um prolongamento até sábado. A maior conferência
internacional sobre a natureza, juntou 23.000 pessoas e transformou Cali numa
grande assembleia popular em torno da natureza, apesar da ameaça da guerrilha
colombiana. ANG/RFI
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