Conflito Médio Oriente/TPI emite mandados de captura contra Netanyahu e resposáveis do Hamas
Bissau,22 Nov 24(ANG) - O
Tribunal Penal Internacional(TPI), emitiu nesta quinta-feira, 21 de Novembro,
mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benyamin Netanyahu, o
antigo ministro da Defesa, Yoav Gallant, e responsáveis do Hamas, acusando-os
de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Em causa estão as acções
perpetradas no território da Faixa de Gaza e dos ataques do Hamas a 7 de
outubro, em Israel, que desencadearam a ofensiva israelita no território
palestiniano.
O TPI afirma ter “motivos razoáveis para acreditar” que
Netanyahu e Gallant “são
responsáveis criminais” pelos seguintes crimes: “o crime de guerra de usar a fome como método
de guerra”, “crimes contra a humanidade”, incluindo “ assassinatos,
perseguições e outros actos desumanos” e a perpetração de “ataques dirigidos intencionalmente
contra a população civil”.
A decisão do TPI transforma
Benyamin Netanyahu e os outros visados em suspeitos procurados
internacionalmente e é susceptível de os isolar ainda mais, complicando os
esforços para negociar um cessar-fogo que ponha fim ao conflito de 13 meses.
Porém, as implicações práticas da decisão pdem ser limitadas, uma vez que
Israel e os Estados Unidos, não são membros do TPI e vários dos responsáveis do
Hamas foram posteriormente mortos no conflito.
O ministro dos Negócios
Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, afirmou que o TPI “perdeu toda a legitimidade” ao
emitir “ordens absurdas”, acrescentando
que "é umdia negro para [o
TPI], que perdeu toda a legitimidade para existir e agir, comportando-se como
um brinquedo político ao servir os elementos mais extremistas que trabalham
para eles. minar a segurança e a estabilidade no Médio Oriente”.
O primeiro-ministro de
Israel descreveu a decisão do TPI como “antissemita”, considerando-se
vítima de um novo “julgamento Dreyfus”. Benyamin Netanyahu disse que não “cederá à pressão” até que
os objectivos de guerra de Israel sejam alcançados.
O líder da oposição
israelita, Yaïr Lapid, também “condenou” a
decisão do tribunal de Haia, denunciando uma “recompensa ao terrorismo”.
Por seu lado, o Hamas
saudou a emissão de mandados de detenção contra Netanyahu e o antigo ministro
da Defesa, chamando-a de “um passo
importante em direcção à justiça que pode permitir às vítimas obter reparação”.
Todavia, Bassem Naïm declarou que a decisão "permanece modesta e simbólica se não for totalmente apoiado por todos os países do mundo”, sem, no entanto, fazer qualquer menção ao mandado de detenção anunciado simultaneamente contra Mohammed Deif.ANG/RFI
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