COP29/“Precisamos de soluções de curto a médio prazo” para fazer face às alterações climáticas
Bissau, 19 Nov 24 (ANG) - Os ministros dos países
membros do Acordo de Paris têm até sexta-feira para definir como financiar um
trilião de dólares por ano.
O secretário executivo da ONU para o Clima, Simon
Stiell, pediu menos “teatro” e mais acção. Nélio Zunguza, economista agrário
moçambicano e coordenador executivo da Plataforma Juvenil para Acção Climática
YCAC MOZ lamenta que os mais altos representantes das nações tenham escolhido
ir ao Brasil, ao G20, em vez de virem à COP29.
Na base da discórdia
está o clássico pingue-pongue entre países ricos e o resto do mundo, com o
financiamento e os esforços de redução de emissões de gases a serem empurrados
de um lado para o outro.
Mas se as decisões se
querem em Baku, o dinheiro e poder estão concentrados, até esta terça-feira, no
Rio de Janeiro, na cimeira do G20, onde o secretário-geral da ONU, António
Guterres, pediu “compromissos” para salvar a COP29.
A participar na
cimeira do clima, no Azerbaijão, está Nélio Zunguza, economista agrário
moçambicano e coordenador executivo da Plataforma Juvenil para Acção Climática
YCAC MOZ. Em declarações à RFI, lamenta que os mais altos representantes das
nações tenham escolhido ir ao Brasil ao G20, em vez de virem à COP29:
Nós vimos o número
dos tomadores de decisão, ao mais alto nível que se deslocaram a esta COP, foi
um número bastante reduzido para as últimas duas COP’s que eu pude assistir e
isso já é um sinal. Mas, entretanto, começou recentemente o G20 e temos a
China, os Estados Unidos, ao mais alto nível de representação.
Qual é a mensagem que
queremos transmitir?
Será que as COP’s
ainda têm relevância? O que é que se pretende? Se têm, como é que isso se torna
efectivo?
Numa COP em que o objectivo único
é o financiamento, até agora não estamos a ter clareza em termos de estrutura,
de como é que esse financiamento estará disponível. E estamos a precisar de
recursos para responder aos eventos climáticos extremos.
Nélio Zunguza
integrou igualmente um painel intitulado “O impacto das políticas climáticas da
União Europeia nos países em desenvolvimento: o do CBAM (Mecanismo de
ajustamento carbónico fronteiriço) em Moçambique.
O encontro teve em foco o CABM e
estivemos a conversar com jovens moçambicanos e jovens europeus, sobre quais
seriam as implicações reais sob o ponto de vista socioeconómico para a vida dos
jovens, mas também olhando para aquilo que é o contrabalanço em termos de
ganhos ambientais nesta jornada de transição justa, principalmente para
Moçambique.
A COP29 decorre até
dia 22 de Novembro em Baku, capital do Azerbaijão. ANG/RFI
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