Coreia do Norte/Acusada de se envolver no conflito ucraniano, a Coreia do Norte lança um míssil intercontinental
Bissau, 01 Nov 24 (ANG) - A Coreia do Norte disparou um dos seus mísseis mais poderosos na quinta-feira com o objectivo declarado de reforçar a sua dissuasão nuclear.
Trata-se da sua
primeira demonstração de força desde que foi acusada de ter enviado milhares de
soldados para a Rússia com o objetivo de eventualmente intervir contra a
Ucrânia.
O exército sul-coreano disse quinta-feira ter "detetado um míssil balístico
lançado a partir da região de Pyongyang em direção ao mar do leste por volta
das 7 horas" da madrugada locais. Este engenho,
segundo as autoridades japonesas, pertence à "categoria de mísseis balísticos
intercontinentais", que têm um alcance de pelo menos 5.500
quilómetros e são geralmente lançados com cargas nucleares.
A própria Coreia do Norte confirmou ter efetuado um teste "crucial", no âmbito
do reforço da sua "dissuasão nuclear",
este tiro tendo respondido, segundo o presidente norte-coreano, "plenamente ao objetivo de informar os seus rivais da sua
intenção de ripostar".
A China, tradicional aliada de Pyongyang, expressou a sua
preocupação perante o aumento da tensão -já patente nestes últimos
tempos- entre as duas Coreias e pediu uma "resolução política da questão da
península".
O lançamento deste míssil firmemente condenado por Washington e
Seul, aconteceu pouco depois de ambos pedirem à Coreia do Norte para retirar as
suas tropas da Rússia, onde, referem que cerca de 10 mil soldados foram
enviados para uma possível ação contra as forças ucranianas.
A Coreia do Norte que não confirma nem desmente o envio de
tropas para a Rússia, tem vindo a fortalecer os seus elos militares com esse
país, através nomeadamente da assinatura em Junho de um acordo de defesa mútua.
Perante a suspeita do campo ocidental de que Pyongyang estaria a
fornecer armas à Rússia, Seul informou que encara a possibilidade de responder
com o envio direto de armamento para a Ucrânia. Uma hipótese perante a qual
estava reticente até agora, por ser contrária à sua tradicional política de não
se envolver em conflitos ativos. ANG/RFI
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