São Tomé e Príncipe/Dezoito
por cento da população emigrou nos últimos anos
Bissau, 28 Fev 25 (ANG) - Um estudo do Banco Mundial,
apresentado na quinta-feira, revela que cerca de 18% da população são-tomense
emigrou nos últimos anos e mais de metade reside em Portugal. Porém, as
remessas para o país de origem diminuíram.
Nos últimos anos, 18% da população são-tomense
emigrou, mais de metade foi para Portugal, mas as remessas diminuíram porque os
migrantes são-tomenses têm dos salários mais baixos no país de acolhimento. As
conclusões são de um estudo do Banco Mundial, apresentado na quinta-feira, e
resumido por Juan Carlos Alvarez, representante do Banco Mundial para Angola e
São Tomé e Príncipe.
“São Tomé e Príncipe é um país pequeno, uma
população de 200 mil habitantes, e 40 mil já saíram do país na procura de boas
e melhores oportunidades de trabalho”, explicou
à agência Lusa Juan Carlos Alvarez.
O estudo menciona, também, dados do Banco
Central de São Tomé e Príncipe de 2024 que mostram que “o montante das remessas enviadas pelos
emigrantes é relativamente pequeno e tem vindo a diminuir nos últimos anos”, tendo reduzido de 25,2 milhões de
dólares (24,2 milhões de euros) em 2014 para 7,7 milhões de dólares (7,4
milhões de euros) em 2022.
Juan Carlos Alvarez também aponta
recomendações para melhorar as oportunidades em São Tomé e Príncipe: “Com investimentos na empregabilidade dos
jovens, parcerias migratórias, melhorias no serviço das remessas e o
fortalecimento dos temas de protecção social, São Tomé e Príncipe pode
contribuir a um modelo migratório sustentável que venha verdadeiramente apoiar
os objectivos de desenvolvimento nacional.”
Para “reduzir as saídas dos jovens”, o
ministro do Estado, Economia e Finanças, Gareth Guadalupe, diz que a solução é
fazer a economia crescer e não ficar apenas à espera das remessas dos
migrantes.
“Sabemos que a solução para mitigar os efeitos da
emigração não passa apenas por melhorar o envio de remessas para que se possa
tirar partido da emigração em massa. A melhor forma de reduzir as saídas dos
nossos jovens é fazendo a economia crescer e criar oportunidades de rendimento
aqui no nosso país”,
declarou o governante.
O Banco Mundial diz que 52% da diáspora
são-tomense reside em Portugal, 17% em Angola e 16% no Gabão. O estudo
acrescenta que “a migração para Portugal é motivada por laços culturais e
económicos, mas foi também impulsionada pela introdução do Acordo de
Mobilidade” da CPLP e pela abertura do Centro Comum de Vistos em São Tomé e
Príncipe.ANG/Lusa
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