Cabo Verde/PR defende inquérito rigoroso sobre recusa de entrada a cidadãos nigerianos
Bissau,
22 Abr 25 (ANG) – O Presidente José Maria Neves defendeu segunda-feira a
realização de um inquérito rigoroso para esclarecer as circunstâncias em torno
da recusa de entrada a cidadãos nigerianos em Cabo Verde, ocorrido no Aeroporto
Internacional Amílcar Cabral a 13 deste mês.
“Na
verdade, há disposições contraditórias entre o que dizem as autoridades
policiais e o que dizem os afectados, então é preciso, nesses momentos,
sobretudo porque não é a primeira vez, já houve outras denúncias, fazer-se um
inquérito rigoroso sobre esta matéria para identificarmos todos os contornos e,
se for necessário, tomar medidas cabíveis para se pôr cobro a esta situação”,
disse.
José
Maria Neves, que visitou segunda-feira de manhã, a histórica hidrobase da
Aéropostale, em Calheta de São Martinho, município da Ribeira Grande de Santiago,
foi abordado pelos jornalistas a comentar sobre a recusa de entrada de cidadãos
nigerianos em Cabo Verde.
Neves
sublinhou que não é a primeira vez que surgem denúncias deste género, o que
reforça a importância de uma investigação cuidadosa que permita tirar
conclusões e, se for necessário, aplicar as medidas cabíveis.
O Chefe
de Estado destacou ainda que, sendo Cabo Verde um país que ambiciona afirmar-se
como plataforma internacional de prestação de serviços e integrar-se de forma
competitiva no espaço da CEDEAO, é essencial garantir que os serviços de
fronteira estejam capacitados para responder com eficácia às exigências dos
visitantes.
Na
quinta-feira, 17, a Polícia Nacional (PN) esclareceu através de um comunicado,
que a recusa de entrada a cidadãos nigerianos em Cabo Verde deveu-se à falta de
documentação que comprove, nomeadamente, a garantia de meios de subsistência e
finalidade da viagem.
Explicou
que por volta das 14:00 do dia 13 deste mês, a Unidade de Fronteira Aérea
sediada no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, procedeu à
recusa de entrada em território nacional de dois grupos de cidadãos nigerianos.
Relativamente
às acusações de racismo, a DEF sublinhou que actua no estrito cumprimento da
lei, não estando em causa a nacionalidade das pessoas, mas as condições com que
se apresentam perante a fronteira. ANG/Inforpress

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