EUA/HRW faz lista de 100 violações dos direitos humanos cometidas por Trump
Bissau, 25 Abr 25(ANG) - A Human Rights Watch
(HRW) avaliou os primeiros 100 dias do Presidente dos Estados Unidos Donald
Trump, que terminam no dia 30, como uma lista de 100 ações que vão contra os
direitos humanos.
A HRW
compilou "100 ações prejudiciais cometidas" pelo Presidente durante o
início do seu segundo mandato, que incluem ataques à liberdade de expressão,
aos direitos dos requerentes de asilo e dos imigrantes, à saúde, ao ambiente e
às proteções sociais, à educação, à ajuda externa e à assistência humanitária e
ao Estado de direito, o que constitui uma "avalanche constante de ações
que violam, ameaçam ou prejudicam os direitos humanos".
"Desde janeiro, o Governo removeu
ilegalmente Kilmar Ábrego García, um cidadão salvadorenho, para o seu país de
origem, deportou outros migrantes para El Salvador em circunstâncias que
constituem desaparecimento forçado e expulsou requerentes de asilo de várias
nacionalidades para o Panamá e a Costa Rica, violando o direito
internacional", adiantou num comunicado a HRW.
A HRW sublinhou ainda que Trump "atacou
os direitos à liberdade de expressão e de reunião, incluindo ao deter
arbitrariamente e tentar deportar estrangeiros devido ao seu ativismo em
relação à Palestina".
A organização sublinhou ainda que a
administração Trump, que completará 100 dias a 30 de abril, "reduziu
drasticamente o apoio aos direitos humanos para além das fronteiras dos
EUA".
"O Governo cortou a assistência vital a
centenas de milhares de pessoas em zonas de conflito e abandonou esforços de
longa data para apoiar os defensores dos direitos humanos, jornalistas
independentes e grupos de investigação, incluindo os que documentam atrocidades
em curso", sublinhou a HRW.
Os cortes da administração Trump atingiram
tanto os funcionários do Estado, como agências internacionais de ajuda
humanitária.
Elon Musk, conselheiro de Trump que detém a
Tesla, a SpaceX e a rede social X desempenhou um papel fundamental na redução
de pessoal governamental como chefe do recém-criado Departamento de Eficiência
Governamental (DOGE, na sigla em inglês), justificando os cortes com a alegada
poupança de milhares de milhões de dólares aos contribuintes.
Os Estados Unidos cortaram 83% dos programas
da agência de desenvolvimento norte-americana, a USAID, que era responsável por
42% da ajuda humanitária em todo o mundo. ANG/RFI

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