França/ Paris
retalia com expulsões de diplomatas argelinos
Bissau, 17 Abr 25 (ANG) - Paris decidiu expulsar doze
funcionários da rede diplomática argelina em França, após idêntica medida
adoptada por Argel contra doze membros da embaixada francesa.
O Eliseu, a presidência francesa,
atribuía nesta terça-feira às autoridades argelinas a "responsabilidade
pela degradação brutal das relações bilaterais". Facto confirmado esta
quarta-feira pelo ministro francês dos negócios estrangeiros, Jean-Noël
Barrot.
O tribunal correcional de Dar El Beida,
perto de Argel, condenou esta manhã o escritor franco-argelino Boualem Sansal a
cinco anos de prisão efectiva. Detido desde Novembro, Sansal era acusado de
“atentado à união nacional” por defender a posição de Marrocos sobre o Saara
Ocidental.
Durante o julgamento, o Ministério Público
tinha requerido uma pena de dez anos de prisão para o romancista. O escritor
foi acusado de atentar contra a integridade do território argelino, por ter
defendido, num meio de comunicação social francês, a posição de Marrocos sobre
o Saara Ocidental.
Esta quinta-feira, o tribunal, "na
presença do arguido", decidiu aplicar uma pena de cinco anos de prisão
efectiva e ao pagamento de uma multa de 500.000 dinares argelinos (cerca de
3.500 euros).
A defesa de Sansal apelou, entretanto, à
“humanidade” do Presidente argelino Abdelmadjid Tebboune: "A idade e o
estado de saúde [de Boualem Sansal] tornam cada dia de encarceramento ainda
mais desumano. Apelo ao Presidente argelino: a justiça falhou, que ao menos
prevaleça a humanidade", escreveu o advogado François Zimeray, nas redes
sociais.
A detenção de Boualem Sansal agravou ainda mais as tensões entre Argel e Paris, especialmente após o anúncio do apoio do presidente francês, Emmanuel Macron, a um plano de autonomia sob soberania marroquina para o território disputado do Sara Ocidental.ANG/RFI

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