Justiça/ “Casos de tráfico de pessoas representam uma realidade dolorosa na Guiné-Bissau”, diz chefe de ONUDC
Bissau, 23 Abr 25(ANG) - A Chefe
do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC) na Guiné-Bissau
afirmou hoje que os casos de tráfico de pessoas representam uma realidade
dolorosa no país, com impacto devastador sobre as camadas mais vulneráveis, como
crianças e jovens .
Segundo aquela responsável, o tráfico de seres humanos não é um fenómeno distante nem invisível, disse que está presente em diversas formas aqui na Guiné-Bissau.
Segundo Cristina Andrade, a prática manifesta-se em diversas formas, frequentemente dissimuladas: no trabalho forçado, na exploração sexual, no recrutamento de menores para fins ilícitos, na mendicidade forçada e em outras manifestações de servidão moderna.
Disse que a luta contra o tráfico de pessoas exige uma abordagem holística, baseada na prevenção, na proteção das vítimas, na repressão eficaz dos autores e na promoção de parcerias estratégicas.
Recomenda que se tenha a coragem institucional, vontade política e o engajamento da sociedade como um todo.
“Os autores do crime de tráfico de seres humanos, muitas vezes, são protegidos por redes poderosas e sofisticadas. Um exemplo mais recente no país foi o caso de uma criança encontrada sem órgãos em São Domingos, cujo resultado da investigação permanece em segredo de justiça”, frisou.
Por sua vez, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Maria do Céu Silva Monteiro classificou este tipo de tráfico como uma agressão inaceitável à dignidade humana, acrescentando que o tráfico de pessoas é, na sua essência, uma agressão inaceitável à dignidade humana.
“Trata-se de um crime de natureza transnacional, alimentado por redes sofisticadas de criminalidade organizada, que exploram as vulnerabilidades socioeconómicas dos indivíduos, corroem os alicerces da legalidade e desafiam a capacidade de resposta dos Estados”, disse a governante.
Afirmou que neste contexto, a República da Guiné-Bissau reafirmou o seu empenho inequívoco em respeitar e implementar os compromissos internacionais assumidos.
O manual apresentado foi
desenvolvido no âmbito de um projeto regional, OCWAR-T, uma iniciativa do ONUDC
concebida para responder, de forma estruturada e estratégica, às ameaças do crime
organizado transnacional naÁfrica Ocidental, com financiamento da União
Europeia.ANG/JD/ÂC//SG

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