Ambiente/Ilhas Bijagós aceites como candidatas a Património Mundial
Bissau, 30 Mai 25 (ANG) - A
candidatura das Bijagós a Património Mundial recebeu parecer favorável para
análise e decisão sobre a inclusão das exóticas ilhas da Guiné Bissau na lista
UNESCO, o organismo das Nações Unidas para a Cultura,
Segundo a Agência Lusa, o anúncio
foi feito pelo Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), o
organismo público guineense que coordenou a candidatura entregue a 01 de
fevereiro de 2024 à UNESCO, em Paris, França.
O Comité de Avaliação da União
Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) emitiu parecer favorável à
candidatura, segundo o IBAP, ο que significa que à segunda tentativa a
Guiné-Bissau conseguiu cumprir com os requisitos exigidos para a análise do
processo.
Uma primeira tentativa, feita há
mais de uma década, tinha sido recusada pela Unesco.
Com o parecer favorável à nova
candidatura, o Comité de Avaliação recomenda "oficialmente ao Comité do
Património Mundial da UNESCO a inscrição direta do sítio como Património
Natural Mundial".
A decisão final será anunciada
dentro de pouco mais de um mês, na 47ª sessão do Comité do Património Mundial
na sede da UNESCO em Paris, França, que decorre de 06 a 16 de julho.
A sessão é organizada com o apoio
financeiro da República da Bulgária, mas será realizada em França a pedido das
autoridades búlgaras.
O parecer favorável à candidatura
foi recebido na Guiné-Bissau como "um importante passo rumo à inscrição na
lista do Património Natural Mundial da UNESCO".
O comité que analisou o processo
realçou, segundo o IBAP, o esforço coletivo da Guiné-Bissau, das instituições
nacionais e dos parceiros nacionais e internacionais.
"Com destaque para o povo
Bijagó na proteção e gestão sustentável do território, elogiando a abordagem
comunitária e participativa como um exemplo notável de conservação", lê-se
na publicação feita na página do Instituto na rede social Facebook.
A candidatura do "Ecossistema
Marinho e Costeiro do Arquipélago dos Bijagós -- OMATÍ MINHÕ" concentra o
propósito da elevação a Património.
A candidatura do "Ecossistema
Marinho e Costeiro do Arquipélago dos Bijagós -- OMATÍ MINHÕ" concentra o
propósito da elevação a Património Mundial em três das 88 ilhas dos Bijagós,
que são parques naturais, concretamente João Vieira e Poilão, Orango e Urok e a
ligação entre esses três parques.
A diretora-geral do IPAB, Aissa
Regalla de Barros, explicou à Lusa, na preparação do processo, que as restantes
ilhas representam a zona tampão do bem candidato à UNESCO, que reconheceu o
conjunto dos Bijagós como Reserva Mundial da Biosfera em 1996.
Os responsáveis guineenses querem
conquistar o estatuto de Património Mundial9:55
Esta candidatura a Património
Mundial é, segundo disse, "muito mais robusta" que a indeferida em
2013. Foram trabalhadas as 12 recomendações anteriores da UNESCO em relação ao
limite do bem candidato, ao estatuto jurídico, à governação, ao desenvolvimento
de outros setores e das ameaças, assim como ao envolvimento de todas as
estruturas guineenses no processo de elaboração do processo.
Os três parques naturais abrangidos
são apontados como "a parte central da biodiversidade", como
"zonas que permitem uma grande produtividade, que têm impactos
além-fronteira".
Esta candidatura a Património
Mundial é, segundo disse, "muito mais robusta" que a indeferida em
2013. Foram trabalhadas as 12 recomendações anteriores da UNESCO em relação ao
limite do bem candidato, ao estatuto jurídico, à governação, ao desenvolvimento
de outros setores e das ameaças, assim como ao envolvimento de todas as
estruturas guineenses no processo de elaboração do processo.
Os três parques naturais abrangidos
são apontados como "a parte central da biodiversidade", como
"zonas que permitem uma grande produtividade, que têm impactos
além-fronteira".
Servem de "zona de alimentação
para as aves que vêm de longe, às comunidades, às pescas", e permitem
"a reprodução de um ciclo importante da biodiversidade ameaçada, como as
tartarugas marinhas, tubarões e raias".
Estão, também, na rota migratória de
aves do Atlântico Leste. O arquipélago dos Bijagós é uma parte do território
marinho e costeiro da Guiné-Bissau, constituída por 88 ilhas e ilhéus, 20 das
quais habitadas, numa extensão de 2,6 quilómetros quadrados, albergando cerca
de 33 mil habitantes.ANG/DN/Lusa