Nigéria/Inundações fazem pelo menos 36 mortos
Bissau, 30 Mai 25 (ANG) - Pelo menos 36 pessoas
morreram nas inundações que atingiram na quarta-feira à noite a cidade de
Mokwa, na Nigéria, informou hoje um porta-voz dos serviços de emergência à
agência de notícias France-Press (AFP).
"Esta manhã [sexta-feira], foram recuperados
mais 11 corpos, além dos 25 encontrados anteriormente, o que eleva o número de
vítimas para 36 até ao momento", disse Ibrahim Audu Husseini, porta-voz da
Agência de Gestão de Emergências (SEMA, na sigla em inglês).
As inundações, causadas por chuvas
torrenciais na noite de quarta-feira, destruíram mais de 50 casas na cidade de
Mokwa, no estado central do Níger, afogando moradores e deixando um grande
número de desaparecidos, segundo a SEMA.
Os serviços de emergência continuam a
trabalhar para encontrar as pessoas desaparecidas.
"Esperamos que o número de vítimas
aumente consideravelmente, pois há equipas de resgate destacadas em diferentes
locais", disse Husseini.
A Nigéria, o país mais populoso da África, é
regularmente atingida por inundações durante a estação das chuvas, que vai de
maio a setembro.
As alterações climáticas alimentam fenómenos
meteorológicos mais extremos, segundo os cientistas.
As inundações, geralmente causadas por chuvas
fortes e potenciadas pelas infraestruturas precárias, causam estragos todos os
anos, matando centenas de pessoas.
Na Nigéria, as inundações são agravadas por
uma drenagem inadequada, pela construção de casas em zonas inundáveis e pelo
depósito de resíduos nos sistemas de saneamento.
A agência meteorológica alertou para
possíveis inundações rápidas em 15 dos 36 estados da Nigéria entre quarta e sexta-feira.
Em 2024, mais de 1.200 pessoas morreram e 1,2
milhão foram deslocadas em pelo menos 31 dos 36 estados da Nigéria, o que
constituiu uma das piores inundações do país em décadas, de acordo com a SEMA.
Face ao aumento, com grande intensidade, das
inundações, o Presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, apelou no ano passado a
um reforço dos meios atribuídos aos socorros e solicitou a criação de alertas
para atenuar o impacto das catástrofes ambientais.
Por seu lado, os serviços de socorro insistem
na necessidade de um maior apoio do Estado para fazer face à amplitude dos
danos e limitar as perdas humanas. ANG/Lusa

Sem comentários:
Enviar um comentário