Portugal/ Coligação de direita vence legislativas
Bissau, 19 Mai 25 (ANG) - O
primeiro-ministro português de direita moderada, Luís Montenegro, venceu as
eleições legislativas antecipadas de domingo, 18 de Maio, mas não obteve a
maioria suficiente para garantir a estabilidade política do país.
O segundo lugar permanece uma
incógnita até que sejam apurados os resultados do estrangeiro, com Partido
Socialista e Chega num braço-de-ferro pelo maior número de mandatos.
De acordo com resultados oficiais quase
completos, a Aliança Democrática, coligação cessante terá obtido entre 32,7%
dos votos, a este resultado juntam-se os 0,62% da AD na Madeira, que nessa
região inclui o Partido Popular Monárquico (PPM), contra 23,4% do Partido
Socialista e 22,6% do Chega.
Luís Montenegro, advogado de 52 anos que
sempre se recusou a governar com o apoio do Chega, tinha a ambição de obter
maioria, negociando a adesão do partido Iniciativa Liberal, que terá ficado em
quarto lugar com 5,5% dos votos.
Em declarações aos jornalistas, Luís
Montenegro disse que os portugueses mostraram que querem este Governo.
"Espera-se
sentido de Estado, sentido de responsabilidade, respeito pelas pessoas e
espírito de convivência na diversidade mas também de convergência e salvaguarda
do interesse nacional",
sublinhou.
Luís Montenegro foi ainda questionado sobre o
caso Spinumviva, sublinhando que a "razão objectiva" que conduziu às eleições "foi a rejeição de uma moção de confiança" na
Assembleia da República.
O segundo lugar permanece uma incógnita até
que sejam apurados os resultados do estrangeiro, com Partido Socialista e Chega
num braço-de-ferro pelo maior número de mandatos. O secretário-geral do Partido
Socialista, Pedro Nuno Santos, que teve o pior resultado desde 1987, deixou
claro que não quer ser "um estorvo" e anunciou que vai pedir eleições
internas, informando que não se recandidata.
Em quarto lugar, tal como no ano passado,
ficou a Iniciativa Liberal. O partido de Rui Rocha passou a nove deputados,
mais um do que em 2024, conquistando 5,53% dos votos.
O Livre, partido de Rui Tavares, foi uma das
surpresas da noite eleitoral, pulando para quinta força política com 4,20% dos
votos, com seis deputados (mais dois do que já tinha conquistado).
A CDU de Paulo Raimundo obteve 3,03% dos
votos, perdeu um mandato, ficando agora com apenas três deputados, mas conseguiu
passar à frente do Bloco de Esquerda.
O Bloco de Esquerda foi um dos derrotados da
noite, ficando-se pelos 2% dos, elegendo apenas a deputada Mariana
Mortágua.
Por sua vez, o PAN conseguiu, manter a
deputada única Inês Sousa Real, apesar de ter decrescido em número de votos:
alcançou 1,36%,
O Partido Juntos Pelo Povo alcançou representação
parlamentar, elegendo um deputado. Filipe
Sousa mostrou-se preocupado o crescimento do Chega, partido de extrema-direita,
nas eleições legislativas antecipadas. ANG/RFI

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