Visita PR do Senegal/ “Senegal representa 48 por cento do volume de importações da Guiné-Bissau”, diz DG do Comércio Externo
Bissau, 23 mai 25 (ANG) – O Diretor-Geral do Comércio Externo revelou que ao
nível da União Económica e Monetária
Oeste Africana, (UEMOA), Senegal representa
48 por cento do volume de importações de produtos da Guiné-Bissau.
A revelação foi feita, hoje, por Lassana Fati, em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné(ANG), sobre as relações comerciais entre Bissau e Dakar, no quadro da visita que o Presidente do Senegal efectua à Guiné-Bissau entre os dias 26 e 27 do corrente mês.
Lassana Fati disse que Guiné-Bissau e Senegal têm uma relação comercial histórica
e seculares.
“Quando a Guiné-Bissau tinha sua própria moeda, o (peso), na altura havia
algumas dificuldades. Porque para fazer compra no Senegal era necessário fazer câmbio
do peso guineense para franco CFA e vice-versa”, lembrou o Director Geral do
Comércio Externo.
Acrescentou que, a adesão da Guiné-Bissau à União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA), em 1997, tornou mais fácil a transação comercial, pois deixou
de haver necessidade de se fazer o câmbio para se ir comprar no Senegal ou na Guiné-Bissau.
Em relação ao volume comercial, Lassana Fati disse que é muito
significativa, porque na zona da UEMOA o
Senegal é um país estratégico em termos
de importação para Guiné-Bissau.
Disse que parte desta importação são
produtos que vêm de alguns países europeus com destino para Bissau, mas que passam
pelo Senegal e que outra parte são produtos
produzidos no Senegal.
Instado a identificar os produtos
que vêm do Senegal, indicou a grande quantidade de cebolas e outros produtos que chegam ao país, através do Senegal.
E, da parte guineense apontou a grande quantidade de mangas, batata doce, óleo
de palma, limão e produtos florestais, tais como foroba, fole, calabaceira
entre outros produtos que vão para o Senegal.
Lassana Fati disse que os dois
países têm uma relação histórica em termos de trocas comerciais, que ganha,
cada vez mais, contornos importantes para os dois países.
Por essa razão Fati considerou de positivas as trocas comerciais entre Guiné-Bissau
e Senegal, apesar da existência de algumas situações junto da linha fronteiriça, tais como pagamentos ilícitos de que os
cidadãos guineenses são sujeitos, mas que
não estão contemplados em nenhum
protocolo de acordo, tanto da UEMOA assim como da CEDEAO.
O Director-Geral do Comércio Externo da Guiné-Bissau anunciou nesta
entrevista a ANG a assinatura, brevemente, de um acordo comercial tripartida,
entre os três países: Guiné-Bissau, Gâmbia e senegal.
O acordo, conforme Lassana Fati, foi negociada em Dakar e vai ser assinado
pelos ministros de Comércio dos respectivos países.
O referido acordo, diz Lassana Fati, visa facilitar ainda mais a mobilidade das pessoas,
reforçando as transações comerciais entre os três Estados, porque, “verificam-se cobranças não tarifárias ou
inexistentes junto das linhas
fronteiriças entre os três países”.
Segundo o Director-G
eral do Comércio Externo, o acordo prevê ainda a
eliminação de barreiras, sobretudo as cobranças de 1000 francos que se faz nos
postos de controlo de cada país.
Lassana Fati disse que, após a assinatura desse acordo, técnicos do Ministério de Comércio e Indústria
da Guiné-Bissau vão acompanhar a sua
implementação para assegurar a livre circulação de pessoas e bens, principalmente
para aqueles que estão implicados directamente nas trocas comerciais.
O Chefe de Estado do Senegal, Bassirou Diomaye Faye efetua, a partir de
segunda-feira uma visita oficial de dois dias `Guiné-Bissau, mas deve chegar à
Bissau já no domingo(25) ANG/LPG/ÂC//SG

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