Angola/ Governo distancia-se de
empresas russas
Bissau, 02 Jun 25 (ANG) - O Governo angolano continua
a se desfazer de várias empresas russas, bem como já encerrou a parceria com a
multinacional Alrosa e agora com o banco VTB África, na sequência das sanções
aplicadas, há três anos, à Rússia.
Em reacção, o representante russo em Angola entende
que a medida não afecta as relações existentes entre os dois países e anuncia a
visita, ainda este ano, do Presidente João Loureço à Rússia.
As sanções impostas
à Rússia por invadir a Ucrânia continuam a dificultar as operações financeiras
de vários grupos empresariais russos ao redor do mundo e, sobretudo, em Angola que foi forçada a romper com a diamantífera
Alrosa e recentemente com o banco VTB África.
Em relação ao encerramento do banco, o líder da Associação
Angolana de Bancos, Mário Nascimento, revelou que o VTB África fechou por decisão dos accionistas,
devido a sérios problemas de finanças para a sua
manutenção.
“É um banco
que já há algum tempo não tem participado a nível das operações interbancárias,
àquilo que tem sido as limitações das sanções à Federação Russa, não queremos
que haja um impacto nenhum a nível do sistema bancário”, comentou o
economista.
O embaixador russo
em Angola, Vladimir Tararov, minimiza a situação e anuncia a visita, em
breve, do Presidente angolano, João Lourenço, à Rússia.
“Existe a
cooperação muito estreita entre os nossos países, que se baseiam na irmandade e
esta fraternidade dá um impulso grande para construirmos a nossa progressão. A
nível do ponto de vista mais alto, nós esperamos, esse ano, a visita de João
Lourenço, Presidente da República de Angola, para a Rússia”,
divulgou o diplomata russo.
Dados oficiais apontam que as relações político-diplomáticas
entre Angola e a Federação Russa remontam desde 8 de Outubro de 1976, quando
foi assinado, em Moscovo, o Tratado de Amizade e Cooperação entre os dois
países.
Entretanto, até ao segundo semestre de 2019, as trocas
comerciais entre Angola e Rússia estavam cifradas em 26 milhões de dólares, o
que representou uma queda de 40 por cento em relação ao período anterior.ANG/RFI

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