Bélgica/UE pede diplomacia como abordagem à proliferação nuclear de Teerão
Bssau, 17 Jun 25 (ANG) - A União Europeia (UE) defendeu hoje a diplomacia como a "melhor maneira" de abordar a
proliferação nuclear do Irão e o conflito com Israel, e rejeitou que esta
guerra desvie atenções do bloqueio israelita na Faixa de Gaza.
"A solução diplomática é a melhor maneira de
abordar a questão nuclear iraniana", disse a alta-representante da UE para
os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, em conferência
de imprensa, em Bruxelas.
A representante da diplomacia da União Europeia acrescentou que
não é possível "ser conivente com o Irão enquanto acelera o programa
nuclear" e anunciou que a UE está a coordenar-se com os países do bloco
para ajudar a retirar os cidadãos que estão no Irão ou em Israel.
Em simultâneo, a UE está a trabalhar com os parceiros para
"proteger a estabilidade" dos mercados e as embarcações de
mercadorias na região.
Apesar do conflito entre Telavive e Teerão, Kaja Kallas,
ex-primeira-ministra da Estónia, garantiu que a União Europeia "não vai
perder vista do que está a acontecer em Gaza", em particular o bloqueio de
apoio humanitário e os bombardeamentos incessantes no território, enquanto
continua a invasão israelita ao enclave palestiniano.
"Vamos discutir esta questão aprofundadamente na próxima
segunda-feira", anunciou a alta-representante para a diplomacia da UE,
referindo-se a uma reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros, na
próxima semana, em Bruxelas, que avaliará a continuidade do acordo de
associação com Israel.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de
13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e
nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores,
confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças
Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda
Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da
Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades
de Telavive e Jerusalém.
O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de
ambos os lados.ANG/Lusa

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