terça-feira, 24 de junho de 2025

CMB/Sindicato dos trabalhadores ameaça paralisar a instituição caso não forem pagos  dois meses de salários

Bissau, 24 Jun 25 (ANG) – O Sindicato dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Bissau (STCMB), ameaçou, segunda-feira, paralisar o funcionamento  da instituição, caso não forem pagos  dois meses de salários em atraso.

“Os fiéis muçulmanos e cristãos que trabalham na CMB passaram a festa de Ramadão e Páscoa, sem dinheiro no bolso, e são pessoas com famílias. Todas as promessas feitas pela  direção da CMB não foram compridas. Sendo assim, brevemente, vamos entregar um pré-aviso de greve à direção”, disse Ivo Ndafa ,em declarações à imprensa.   

Segundo Ndafa estão em causa os meses de Maio e Junho em curso.

O dirigente sindical revelou que os funcionários da CMB sofrem descontos para  Segurança Social , para efeitos de aposentação, mas que o dinheiro descotado não chega ao destino .

“Se o dinheiro descontado aos funcionários para o pagamento da Segurança Social chegasse ao destino, talvéz não teríamos tanta dificuldade, porque a Segurança Social poderia cobrir  lacunas”, disse o  Presidente do Sindicato dos trabalhadores da Câmara Municipal de Bissau.

Acrescentou que existe  uma dívida no valor de 500 milhões FCA, que a CMB deve depositar,  desde Fevereiro, na conta dos funcionários que sofrem descontos para  Segurança Social, mas que até ao momento não foi depositado pela atual Direção.  

“Temos ainda a situação de pagamento de subsídio de sábado e domingo aos coveiros que trabalham diariamente sem descansar e não ganham nada”, disse Ivo Ndafa.

O Presidente da CMB, José Medina Lobato já reagiu a ameaça de paralisação dos serviços feita pelo sindicato dos trabalhadores, para dizer que estão em dívida apenas um mês e não dois meses.

“Na realidade, não pagamos apenas o salário do mês de Maio devido as nossas  dificuldades financeiras, mas vai ser ultrapassada assim que conseguimos reunir o dinheiro para tal. O mês de Junho ainda não terminou, portanto não se pode dizer  que são dois meses de salários em atraso”, disse Lobato, em conferência de imprensa esta terça-feira.

Medina Lobato disse  que no período da chuva a CMB se depara  sempre com dificuldades, porque as receitas  não entram com frequência e diz que dependem  das receitas internas para pagar salários dos  funcionários,  compra de combustíveis, pagar subsídios e realizar ouros eventos. ANG/AALS/LLA/ÂC//SG

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