Conferência
da ONU/Presidente da
República pede reforma na arquitetura financeira global
Bissau, 01 Jul 25(ANG) - O
Presidente da República Umaro Sissoco Embaló apelou, na conferência da ONU em
Sevilha, a uma reforma urgente do sistema financeiro internacional para
garantir mais recursos e justiça no apoio ao desenvolvimento.
Embaló disse, segunda-feira,
que países como o que lidera precisam de recursos para o desenvolvimento
"muito além" do que conseguem mobilizar com a atual arquitetura
internacional de financiamento e apelou a abordagens mais realistas.
"Países como a
Guiné-Bissau precisam de mobilizar recursos significativos" para
concretizar os objetivos de desenvolvimento sustentável acordados pela
comunidade internacional "muito além do possível atualmente com receitas
internas ou ajuda externa", disse Umaro Sissoco Embaló, no plenário da IV
Conferência Internacional sobre Financiamento ao Desenvolvimento da ONU, que
arrancou esta segunda-feira em Sevilha.
Umaro Sissoco Embaló
destacou que esta é quarta conferência da ONU sobre financiamento ao
desenvolvimento, mas "infelizmente os compromisso e objetivos
assumidos" anteriormente, "não estão plenamente concretizados".
"É momento de rever a
nossa abordagem e encontrar mecanismos de financiamento mais realistas e
adaptados às necessidades dos países em desenvolvimento", afirmou, perante
uma assembleia com representantes de mais de 190 países da ONU.
Umaro Sissoco Embaló realçou
também o peso da dívida externa para os países em desenvolvimento, que
"torna mais difícil investir em desenvolvimento sustentável" e pediu
"mais flexibilidade e um tratamento mais equilibrado no sistema financeiro
internacional".
"A Guiné-Bissau defende
a reforma profunda da arquitetura financeira internacional para que se torne
mais justa, equitativa e acessível aos países mais vulneráveis", afirmou.
Umaro Sissoco Embalo realçou
que é preciso sair de Sevilha "com resultados positivos" e que os
países em desenvolvimento esperam "decisões concretas capazes de mobilizar
toda a comunidade internacional a favor do desenvolvimento e da erradicação da
pobreza".
O Presidente guineense
sublinhou, por outro lado, que nos 80 anos da ONU, o mundo precisa "mais
do que nunca" de uma "paz global e duradoura, de um multilateralismo
e uma cooperação internacional reforçados".
Mais de 60 líderes mundiais
estão na conferência de Sevilha sobre o financiamento para o desenvolvimento,
que ocorre dez anos depois da anterior, na Etiópia, em 2015. ANG/Lusa

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