Reino Unido/Detidos chefes
de hospital onde enfermeira matou sete
bebés
Bissau, 01 Jul 25 (ANG) - Três quadros superiores de um hospital inglês onde a enfermeira Lucy Letby trabalhava antes de ser condenada pelo homicídio de bebés foram detidos por suspeita de homicídio involuntário, anunciou hoje a polícia britânica.
Os
três responsáveis estão a ser investigados por homicídio por negligência grave e foram detidos na
segunda-feira, no âmbito de uma investigação por homicídio involuntário na
sequência das condenações de Letby pelas mortes de bebés no Hospital Countess
of Chester, vincou o detetive superintendente da polícia de Cheshire, Paul
Hughes.
Os três suspeitos não foram identificados e foram libertados sob
caução.
Hughes explicou que "em outubro de 2023, após o longo
julgamento e subsequente condenação de Lucy Letby, a Polícia de Cheshire lançou
uma investigação sobre homicídio involuntário no Hospital Countess of
Chester".
"Em março de 2025, o âmbito da investigação foi alargado
para incluir também o homicídio por negligência grave. Trata-se de uma infração
distinta do homicídio doloso de pessoas coletivas e centra-se na ação ou inação
gravemente negligente de indivíduos", acrescentou.
O polícia salientou que esta investigação "não tem impacto
nas condenações de Lucy Letby por múltiplos crimes de homicídio e tentativa de
homicídio".
Letby, de 35 anos, está a cumprir várias penas de prisão
perpétua sem hipótese de liberdade condicional depois de ter sido condenada por
sete acusações de homicídio e de tentativa de homicídio de sete outras crianças
entre junho de 2015 e junho de 2016, quando trabalhava como enfermeira
pediátrica no hospital.
Desde o fim do julgamento, vários peritos contestaram a forma
como as provas foram apresentadas ao júri e, após analisar as notas
médicas, alegaram que não existiu malícia.
O caso está a ser analisado pela Comissão de Revisão de Casos
Criminais (CCRC), que analisa potenciais erros judiciais, para perceber se a
morte dos bebés se deveu a cuidados médicos insuficientes e a causas naturais,
apesar de a polícia e o Ministério Público insistirem na culpa de Letby. ANG/Lusa

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