Comemoração do 50º aniversário da ANG/ Diretor-geral diz que é impensável um serviço de notícias completo sem as agências de notícias
Bissau, 20 Ago
25 (ANG) – O Diretor-geral da Agência de
Noticias da Guiné reiterou hoje que é impensável um serviço de notícias
completo sem as agências de notícias.
Salvador Gomes discursava na cerimónia comemorativa do 50º aniversário da ANG, decorrido em Bissau sob o lema “ O que fizemos e o que não fizemos”, e defendeu que o Governo deve enquadrar a ANG como uma instituição central equipada para reunir informações sobre o território nacional.
Salvador Gomes recordou que a ANG foi
criada em 1975 para, entre outras missões, promover a imagem externa do país,
acabado de sair de uma guerra de 11 anos, para a independência nacional.
“O pais acabara de sair de uma guerra
para a independência de 11 anos, seria preciso mostrar ao mundo que as novas
autoridades estão empenhadas na sua
reconstrução, no meio de muitas dificuldades, pelo que os apoios internacionais
continuam a ser uma necessidade para o país, disse Gomes citando a primeira diretora-geral da ANG, Lucete
Djawara
O DG da ANG sublinhou
que a promoção da imagem da Guiné-Bissau
continua uma necessidade nos dias de hoje, visto que o país é fustigado,
frequente e fortemente pelo fenómeno de desinformação, além da necessidade de
mobilização de apoios externos para o desenvolvimento .
Salvador
Gomes fez um historial da ANG destacando que ao longo dos 50 anos o órgão
passou por bons e maus momentos, em termos de funcionamento.
Disse que as dificuldades ainda persistem mas que a direção do órgão
quer transformá-las em desafios, para agência poder cumprir a sua missão de
informar e formar a opinião pública, nacional e internacional, com apoios do
Governo e de parceiros.
Em nome dos
antigos Directores-gerais da ANG,
António Óscar(Cancan) Barbosa destacou que o papel do jornalista é
insubstituível na consolidação da democracia.
Acrescentou que a sua missão fundamental é informar com rigor,
imparcialidade e responsabilidade, permitindo que os cidadãos tenham acesso à
todos os dados credíveis e plurais que lhes permitem formar opiniões livres e
consciente.
Afirmou que
uma imprensa independente livre é um dos pilares essenciais do Estado de Direito, porque
garante a transparência na governação, denuncia abusos de poder e dá voz à
sociedade civil.
António
Óscar Barbosa assegurou que na Guiné-Bissau este papel ganhou uma dimensão
histórica particular com a criação da ANG, uma instituição pública que desde a
sua fundação tem procurado afirmar- se como fonte oficial e fidedigna de
informação nacional.
“A ANG
nasceu da necessidade de adotar o país de um órgão capaz de centralizar, tratar
e difundir notícias de interesse público, dentro e fora do território nacional,
no período em que a comunicação era decisiva para a unidade nacional e para a afirmação
da soberania”, destacou António Óscar Barbosa.
Disse que ao
longo dos anos, a ANG atravessou diversas fases, acompanhando a evolução política,
social e tecnológica da Guiné-Bissau, e que apesar das dificuldades estruturais
e financeiras se manteve como referência no sistema mediático guineense,
assumindo-se como escola de formação para vários profissionais, que mais tarde
desempenham funções de revelo na comunicação social e na vida pública.
A cerimónia
comemorativa dos 50 anos ainda ficou marcada com lançamento de um livro sobre a
ANG, intitulado “Da História ao Livro de Estilo”, da autoria do DG, Salvador
Gomes.
Ainda
fizerem parte do programa comemorativo a realização de uma palestra sobre “A
ANG no Contexto Mediático Guineense”, animada por Salvador Gomes, e uma seção
de homenagens ao antigo ministro da Comunicação Social. Florentino Fernando
Dias, e a cinco antigos diretores-gerais
do órgão, e aos funcionários já aposentados.
A cerimónia comemorativa só ficaria
concluída com a realização à tarde, de um almoço de confraternização. ANG/LPG//SG
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