Guiné-Conacri/Referendo ao projecto de Constituição decorre com tranquilidade
O
referendo pretende o regresso do país à ordem constitucional, com a promessa de
eleições presidenciais e legislativas ainda antes do final do ano, pondo fim a
um periodo de transição depois da chegada dos militares ao poder há quatro
anos.
Este
escrutínio era esperado há muito tempo pela população e pela comunidade
internacional, desde o golpe de estado de 2021, a Guiné-Conacri ficou suspensa
da União Africana e foi excluída de participar em reuniões
internacionais.
O
país, com 14 milhões e meio de habitantes, é considerado um dos mais pobres do
mundo e tem sido dirigido com mão-de-ferro pelo general Mamadi Doumbuya, desde
que este depôs o anterior presidente eleito, Alfa Condé.
Doumbuya
dominou, de resto, a campanha pelo SIM neste referendo, fazendo espalhar por
todo o país cartazes a alimentarem o culto da personalidade. Pelo contrário, a
campanha pelo NÃO, praticamente não se fez ouvir. Desde que a junta militar
assumiu o poder, vários partidos políticos e meios de comunicação social foram
suspensos, as manifestações proibidas e dirigentes da oposição presos e
empurrados para o exílio.
Esta
manhã, de acordo com a agência FrancePress, o referendo decorria com aparente tranquilidade
no centro e arredores de Conacri, onde se observam longas filas de espera à
porta das salas de voto. Um impressionante dispositivo de segurança, com 45 mil
policiais e militares no terreno, faz o controle das ruas e de veículos.
Os
resultados do referendo só devem ser conhecidos a partir da próxima
terça-feira.ANG/RFI
.jpeg)
Sem comentários:
Enviar um comentário