terça-feira, 23 de setembro de 2025

 ONU/Celebrações do 80  anos entre conflitos, pobreza crescente e alterações climáticas

Bissau, 23 Set 25 (ANG) - A presidente da Assembleia-geral que começa hoje oficialmente, Annalena Baerbock, antiga ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, na celbração dos 80 anos das Nações Unidas que decorreu na noite de segunda-feira, em Nova Iorque, disse que esta organização se encontra numa "encruzilhada" e que é preciso escolher "o bom caminho", um caminho de "união", ou pelo menos tentar.

Este é realmente, como também lembrou o português António Guterres, secretário-geral da ONU, um momento com muitos desafios, enumerando os conflitos em Gaza, na Ucrânia, no Sudão, acompanhados pela degradação das condições de vida de uma parte da população e do avanço das alterações climáticas, nomeadamente os recordes de calor registados um pouco por todo o Mundo, acompanhados por grandes fogos florestais.

A Assembleia-geral que começa hoje será também o regresso de Donald Trump às Nações Unidas, já que o Presidente dos Estados Unidos tomou posse do seu segundo mandato em Janeiro. Desde o seu regresso à Casa Branca, Donald Trump não só desmantelou a agência de ajuda internacional norte-americana, a USAID, como cortou o financimento à ONU saindo mesmo de algumas das suas agências.

Em Nova Iorque, Trump vai reunir-se com Volodymyr Zelensky, e também com o Presidente da Argentina, Javier Milei, um aliado ideológico que Washington pode vir a ajudar financeiramente.

João Lourenço, Presidente angolano e presidente em exercício da União Africana, já está também em Nova Iorque onde participará na Assembleia-geral, defendo que os países africanos devem ser incluídos como membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com todos os direitos, incluindo o direito de veto.

A primeira pessoa a exprimir-se nesta assembleia será o Brasil, como é tradição, havendo pelo menos 89 chefes de Estado inscritos para falar, assim como mais de 40 chefes de Governo e mais de 45 ministros do Negócios Estrangeiros. A Assembleia-geral vai durar seis dias.ANG/RFI

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