Politica/ Líder do PAIGC reafirma sua plena disponibilidade em prosseguir com mobilização do povo para uma luta pacifica
Bissau, 26 set 25 (ANG) – O Presidente
do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) reafirmou sua plena disponibilidade de mobilização
do povo para uma luta pacifica pela democracia e pela soberania do país.
Domingos Simões Pereira falava hoje em conferência de imprensa para reagir a decisão do Supremo Tribunal de Justiça que indeferiu a candidatura da coligação eleitoral Pai Terra Ranka das próximas eleições gerais de 23 de novembro.
Lembrou ao povo de que em democracia
ninguém vence sozinho, por isso convocou jovens e mulheres para uma luta firme
e determinada pela democracia.
“Antes quero aqui e agora, aceitar e
agradecer a confiança dos partidos que integram a aliança eleitoral Pai Terra
Ranka, com base da sua orientação
democrática”, frisou. .
Na ocasião, Domingos Simões Pereira assegurou
a todos de ter consciência do peso desta
designação, tendo afirmado estar comprometido ao respeito e a promover e os
princípios e valores nele impregnados.
Afirmou que a vida e futuro dos povos
e das nações são muitas vezes definidos por momento singulares, pelo que “fizeram”,
mas também pelo que deixaram de fazer, pela sua atitude perante os desafios e
pelo valor que dão a liberdade e
identidade conquistadas com tanto sacrifício”.
Revelou que, desde as eleições de 2019,
assistiu-se uma degradação progressiva
do Estado de Direito, as instituições foram sendo sequestradas e transformadas
em instrumentos ao serviço de uma única vontade, ao do “então Presidente Umaro
Sissoco Embalo”.
Acrescentou que, sob a capa de legitimidade
aparente, usou e abusou dos seus poderes, desmontando e controlando todos os
órgãos da soberania, convencido de que
estava acima do povo guineense.
Mas, de acordo com Domingos Simões
Pereira, este povo não se rende e nasceu da luta e tudo o que conquistou foi
fruto de sacrifício, nunca foi por oferta, nunca foi por dádiva, prometendo continuar a erguer para
merecer todas as conquistas e todas liberdades nesta terra de Amílcar Cabral.
Referindo-se a decisão do Supremo Tribunal
de Justiça, lamentou o facto do Tribunal ter anunciado a sua incapacidade para apreciar a candidatura da Coligação PAI terra Ranka e horas depois apresentou novas instruções e formatos para inviabilizar
a participação dos partidos na referida coligação.
“Reconhecemos os esforços, mas devemos
recordar que acima de todos, está a Constituição da República da Guiné-Bissau", afirmou.
Disse que, os juízes não são Deuses,
são servidores da lei e da sua consciência e devem tranquilizar o povo e não
alimentar tensões, salientando que, a sua obrigação não e de servir a vontade
de um homem e muitos menos de “um ditador”, cujo o prazo de legitimidade já
expirou, mas continua a cumprir escrupulosamente as leis da Republica.
Sublinhou que, em 2023 a coligação PAI
Terra Ranka foi legalmente constituída, enfrentando obstáculos artificiais,
mudança forçada da sigla, alteração da bandeira atrasos no registo, ainda assim
foi legalizada, admitido e obteve maioria absoluta nas eleições legislativas.
Disse que, o Supremo Tribunal de
Justiça, órgão máximo do poder judicial deve
julgar de acordo com a lei e afastar-se
de toda qualquer manipulação processual e das decisões arbitrárias.
Acrescentou que, tem o dever de verificar
a idoneidade dos candidatos e proteger a integridade da República.
“Nos últimos cinco anos quem não sabe
dos sequestros que tiveram lugar neste país, de espancamentos e perseguições e
agora até de assassinatos”, referiu Simões Pereira.
Mas perante tudo isso, segundo o líder
da coligação Pai Terra Ranka, o
Ministério
Público permaneceu surdo, mudo e talvez cego, frisando que só
desperta para perseguir Domingos Simões Pereira e aqueles que ousam afirmar a
sua liberdade.ANG/LPG/ÂC

Sem comentários:
Enviar um comentário