segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Agricultura/PM destaca “papel relevante” das Forças Armadas no processo de desenvolvimento económico e social do país

Bissau, 27 Out 25(ANG) -  O Primeiro-ministro destacou, domingo, o “papel, cada vez mais relevante”, das Forças Armadas, no processo de desenvolvimento económico e social do país, e elogiou a “postura republicana e disciplinada” dos militares,  observada  ao longo do mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.

Braima Camará  presidia a cerimónia alusiva a 1ª colheita de arroz produzido pelas Forças Armadas(FA), no Campo Agrícola de Saradjai, antiga agro-Geba, em Cossará, região de Bafatá, leste do país.

De acordo com informações publicadas na página de Facebook do Primeiro-ministro, consultada pela ANG, Braima Camará enalteceu o que diz ser  “ contribuição exemplar” das Forças Armadas sob a liderança do General Biaguê Nan N’Tam e  orientação do Presidente Úmaro Sissoco Embaló, na construção de uma instituição militar moderna, produtiva e consciente do seu papel na reconstrução nacional”.

“As Forças Armadas foram ontem o pilar da luta de libertação e devem continuar hoje a marcar positivamente a história do país. O que vi aqui em Saradjai é um exemplo marcante da capacidade e do futuro promissor da nossa instituição castrense”, disse Braima Camará.

Na ocasião, o Coronel Eng. Manuel da Costa, responsável pelo Programa de Produção das Forças Armadas, destacou que a presença do Chefe do Governo no acto “testemunha a importante contribuição que a produção militar está a dar ao processo de desenvolvimento económico e social do país, através da participação ativa das Forças Armadas nas tarefas de reconstrução nacional em tempo de paz, com toda a legitimidade constitucional”.

O responsável militar sublinhou que a cerimónia de colheita decorre num clima de alegria e contentamento, transformando-se num verdadeiro momento de festa, porque o que plantaram deu fruto e hoje estão a colher, com satisfação, o resultado dos  trabalhos feitos.

“Senhor Primeiro-ministro, permita-me afirmar com humildade que o resultado que hoje testemunha, simboliza apenas o início de uma produção alimentar de qualidade e em larga escala, destinada a garantir a autossuficiência alimentar das Forças

Armadas e a reduzir os encargos do Estado com a sua alimentação. Este ato será rotineiro daqui em diante, e esperamos regressar dentro de quatro meses, aqui ou noutra localidade, com o mesmo propósito”, disse Manuel da Costa.

O objetivo das Forças Armadas, segundo Manuel da Costa, é assegurar a produção de bens de consumo vegetal e animal em quantidade e qualidade suficientes para as FA, contribuindo para diminuir  o peso que as FA representam no Orçamento Geral do Estado.

Ainda segundo o Coronel Eng. Manuel da Costa,  prevê-se a produção de raízes e tubérculos acima de 50 toneladas no Plano 3, em Contubuel; o desenvolvimento de produção intensiva de horticultura; a criação de frangos de corte e galinhas poedeiras em Ilondé (Região de Biombo), com capacidade para produzir 25 toneladas de carne de frango a cada 45 dias e cerca de 8.000 ovos diários; e a expansão da piscicultura em Fá-Mandinga, com produção prevista entre 20 e 30 toneladas de peixes e camarões a cada seis meses.

O oficial militar acrescentou  que o financiamento deste “grande projeto” pelo Governo da Guiné-Bissau resolveria, definitivamente, o problema de alimentação das Forças Armadas, reduzindo, substancialmente, os encargos do Estado já a partir do primeiro trimestre de 2026.

Da Costa disse que após esta colheita, iniciarão a lavoura da época seca, ainda em dezembro deste ano.

O  Ministério  da Agricultura e Desenvolvimento Rural,segundo o seu titular   Keta Baldé e as Forças Armadas, por orientações do Presidente da República, estabeleceram um Convénio de Parceria e Cooperação Técnica.

Deste convénio, de acordo com o governante, nasceu em Março do corrente ano, o Projeto Conjunto para a Promoção da Segurança Alimentar, cujo objetivo é alcançar a produção de 200 toneladas de arroz na bolanha da Campossa C2, em Bafatá, sem contar com o potencial da bolanha da ex-Agro-Geba, capaz de produzir dez vezes mais.

Nesta primeira colheita de arroz produzido pelas Forças Armadas, no Campo Agrícola de Saradjai, prevê-se a colheita de duas toneladas de arroz em cada dois hectares num total de 63 hectares cultivados.

Acompanhado desde Bissau pelo Vice-chefe de Estado-maior General das Forças Armadas Mamadu Turé, Braima Camará foi recebido em ambiente de festa  pelas populações de Saradjai. ANG/ÂC//SG

 

 

 

 

 

 

 

 

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