Costa do Marfim/Tensão e detenções marcam campanha eleitoral na Costa do Marfim
Bissau, 24 Out 25 (ANG) - A imagem de um país unido depois da vitória da Costa do Marfim na Taça das Nações Africanas, há cerca de ano e meio, esfumou-se na tensão da campanha eleitoral que quinta-feira chegou ao fim.
O presidente cessante, Alassane Ouattara,
é o grande favorito do sufrágio presidencial de sábado. No poder desde 2011, o político de 83
anos conta ser eleito para um quarto mandato à
frente do país que é o primeiro produtor mundial de
cacau.
Os seus apoiantes esperam uma vitória logo na primeira volta. Um objectivo que
parece ao seu alcance. Os principais opositores, o antigo presidente Laurent Gbagbo e
Tidjane Thiam, foram impedidos de participar nas eleições pela
justiça e as tentativas de contestação reprimidas. Há registo de três mortos, dois manifestantes e um agente da guarda, e
mais de setecentos detidos nos
últimos dias.
Apesar do ambiente securitário da campanha
eleitoral, apresentam-se quatro candidatos
face a Alassane Ouattara, entre eles a ex-mulher de Laurent
Gbagbo. A antiga primeira-dama Simone Ehivet espera
recuperar os votos dos descontentes, apesar da relação com o ex-marido
atravessar um mau momento.
A grande incógnita prende-se com a mobilização eleitoral, em particular da oposição.
Em 2010,
as presidenciais que opuseram Laurent Gbagbo a Alassane Ouatara terminaram com
meses de confrontos que
resultaram na morte de mais de 3 mil pessoas. ANG/RFI

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