quinta-feira, 16 de outubro de 2025


EUA
/Trump reconhece ter aprovado operações secretas da CIA na Venezuela

Bissau, 16 Out 25 (ANG) – O Presidente americano admitiu , quarta-feira, ter autorizado ações clandestinas da CIA contra a Venezuela e estar a planear ataques terrestres naquele país, desencadeando a ira de Caracas que imediatamente encetou exercícios militares e se insurgiu contra "golpes de Estado fomentados" pela principal agência de inteligência externa dos Estados Unidos. 

Questionado por jornalistas sobre uma notícia do “New York Times” relatando que tinha autorizado ações clandestinas da CIA em território Venezuelano, Donald Trump reconheceu ter dado sua luz verde, tornando a acusar o regime de Nicolás Maduro de ser "narcoterrorista" e de estar a libertar criminosos para enviá-los para os Estados Unidos, o que Caracas desmente.

 

Ao admitir a possibilidade de ataques terrestres contra a Venezuela, Trump disse que os Estado Unidos "têm agora a terra em linha de mira, dado que controlam muito bem o mar", sem dar mais pormenores e escusando-se a explicitar se a CIA tem autorização para "neutralizar" o líder Venezuelano.

Estas revelações surgem pouco depois de Donald Trump ter anunciado na terça-feira que o seu país tinha bombardeado um barco ao largo da Venezuela, provocando a morte de seis presumíveis traficantes de droga.

Desde Agosto, Washington destacou oito navios de guerra e um submarino com propulsão nuclear junto do litoral daquele país da América do Sul e atingiu cinco embarcações em águas internacionais, com um balanço de pelo menos 27 mortos, no âmbito de uma operação apresentada como tendo por objectivo lutar contra o narcotráfico.

Em reacção, ontem, Nicolás Maduro, para quem isto é apenas um pretexto para Washington "impor uma mudança de regime" e apoderar-se das importantes reservas de petróleo da Venezuela, ordenou manobras militares em todas as zonas importantes do país e clamou num discurso a sua "recusa de uma guerra nas Caraíbas".

Ao recordar as dezenas de milhares de mortos e desaparecidos durante os golpes de Estado atribuídos à CIA na Argentina e no Chile nos anos 70, o líder Venezuelano vincou ainda rejeitar os "golpes fomentados pela CIA".ANG/REFI

 

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