sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Literatura/Escritor  Manuel da Costa lança mais uma obra literária intitulada “Clemência de Pau-de-Sangui”

Bissau, 17 Out 25 (ANG) – O escritor guineense Manuel da Costa vai lançar na próxima sexta-feira(24), a sua nova obra literária, intitulada “Clemência de Pau-de-Sangui”, de 260 páginas.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), o escritor Manuel da Costa explicou que o título do seu mais recente livro “Clemência de Pau-de-Sangui”, chama a atenção sobre os “abusivos cortes de madeiras” registados durante o período do Governo de transição   2012/14.

“Penso que foi o ano em que a sociedade guineense testemunhou triste cenário de destruição das matas  nacionais, com abusivos cortes ilegais de madeiras, originando assim a extinção de várias espécies, Pau de Sangue, por exemplo,  uma das árvores de extrema importância, que oferece boa qualidade de madeira”, disse.

Manuel da Costa considera que essa prática terá contribuído para as alterações climáticas no país, com reflexo nas chuvas, aumento da temperatura e outras consequências.

Manuel da Costa já tem nove obras literárias lançadas na banca, nomeadamente, “Lembrança, Os Caminhos da Morte, Caço ao Fugitivo”.

“Para escrever a minha última obra tive apoio de Observatório Guineense de  Droga e Tóxico Dependência”, revelou da Costa que diz que o sector da literatura na Guiné-Bissau está num bom caminho, uma vez que os escritores guineenses, estão constantemente a trabalhar, lançando diferentes obras no mercado.

Lamentou entretanto  a falta de apoio aos escritores por parte de sucessivos Governos.

“A maioria dos livros lançados no país, se deve ao esforço do autor, ou de apoios  singulares de empresas ou pessoas de boa vontade, mas não do Governo”, disse.

Manuel da Costa criticou que o Estado da Guiné-Bissau nunca promove eventos culturais para premiar  escritores ou músicos, tal como acontece em  alguns países.

 “Os escritores  os músicos merecem ser motivados com prémios, para se sentiram honrados e dignificados pelos trabalhos feitos”, disse.

Sobre o poder de compra de livros, o escritor o considera de fraco, e diz que é por isso que as  produções de  exemplares são reduzidas.

“Estou a trabalhar com o grupo Amantes da Literatura, andamos de escolas à escolas, para partilhar com os alunos o nosso conhecimento no setor da literatura, desde poesias à  escrita, e   entendemos que é muito bom fazer isso. Era suposto ser o Governo a ter esta iniciativa , através do Ministério de Educação,  mas não foi o caso,” disse Manual da Costa.ANG/LLA/ÂC//SG

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