Médio Oriente/Israel nega imunidade a dirigentes do Hamas. "Nem os que usam fato"
Bissau, 29 out 25(ANG) - O ministro da Defesa
israelita, Israel Katz, rejeitou hoje qualquer imunidade para os dirigentes do
movimento islamista palestiniano Hamas, após uma série de ataques na Faixa de
Gaza em retaliação à morte de um soldado na véspera.
"Não há nem vai haver imunidade para ninguém da liderança da organização terrorista Hamas. Nem para os que usam fato e gravata, nem para os que se escondem nos túneis", escreveu em comunicado, referindo-se à cúpula do grupo radical que está no Qatar.
Segundo Katz, "qualquer um que levante a mão contra
soldados das Forças da Defesa de Israel (FDI) vai ficar sem mão".
Entretanto, o
exército israelita anunciou já que, "após uma série de ataques que
atingiram dezenas de alvos terroristas", está a restabelecer o cessar-fogo
em Gaza.
"De acordo com
a diretiva do Governo, após uma série de ataques que atingiram dezenas de alvos
terroristas e neutralizaram terroristas em resposta às violações do Hamas, o
Exército retomou a aplicação do cessar-fogo", lê-se em comunicado.
Pelo menos 91
palestinianos, incluindo 24 crianças e sete mulheres, morreram entre
terça-feira e hoje devido aos bombardeamentos israelitas, disseram fontes
médicas e da Proteção Civil do enclave à agência de notícias espanhola EFE.
As autoridades
israelitas afirmaram que as suas forças atacaram "30 terroristas que
ocupavam posições de comando" e que operam dentro do território
palestiniano.
A nota refere ainda
que as forças israelitas continuariam a respeitar o acordo de cessar-fogo, mas
responderiam com firmeza a qualquer violação do pacto.
A nova onda de
ataques israelitas, que atingiu de norte a sul a Faixa de Gaza, começou na
tarde de terça-feira por ordem do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, depois
de este acusar o Hamas de violar as tréguas, em vigor há mais de duas semanas.
Netanyahu ordenou ao exército que realizasse "ataques contundentes na Faixa de Gaza", após uma reunião do Gabinete de Segurança, segundo um comunicado do executivo de Israel.ANG/Lusa

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