Política/Dirigentes do PAIGC do atual governo responsabilizam a direção do partido por eventual não participação nas eleições gerais
Bissau,
10 Out 25(ANG) – Os dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e
Cabo Verde(PAIGC) no atual governo responsabilizam a atual direção do partido,
liderado por Domingos Simões Pereira, da eventual não participação “inédita”,
desta formação política nas próximas eleições gerais, previstas para 23 de Novembro
de 2025.
integrado
por José Carlos Esteves, Jaimentino Có, Carlos Nelson Sano e Suleimane Dabó.
“Há muito tempo que estamos a dizer que o líder
do partido, Domingos Simões Pereira, que pretende ser candidato do partido às
eleições presidenciais não poder ser ao mesmo tempo cabeça de lista do partido
para as legislativas”, disse Pinto Pereira, atual ministros dos Negócios
Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades.
Acrescentou
que desde cedo, Simões Pereira foi aconselhado para clarificar quem será a
cabeça de lista do partido nas próximas legislativas, que deverá ser o
primeiro-ministro em caso de vitória eleitoral, apesar de o Estatuto do partido
prever essa prorrogativa para o presidente.
“Os nossos apelos nesse sentido nunca foram
levados em conta e hoje estamos numa situação muito delicada e que pode
comprometer o futuro do partido, relativamente a sua participação nas eleições
gerais de 23 de novembro”, salientou Pinto Pereira..
O
PAIGC e mais outras formações políticas fazem parte da Coligação PAI-Terra Ranka
e nesse quadro submeterem ao Supremo Tribunal de Justiça a candidatura da
coligação às eleições gerais de 03 de Novembro, três dias antes do fim do prazo
estabelecido para o efeito.
Alegando
impossibilidade de prazo para apreciar a candidatura, a coligação PAI-Terra Ranka
não foi tida em conta pelo STJ para as eleições de Novembro.
“O Supremo Tribunal de Justiça disse que não
impede aos partidos membros da referida Plataforma d concorrerem
individualmente às eleições, mas o que assistimos foi uma tomada de posição
firme da parte da Direção do PAIGC no sentido de que não aceitar participar nas
eleições fora do quadro da coligação”, disse Carlos Pinto Pereira.
De
acordo com o político, neste momento, o prazo para as formalizações das
candidaturas já expirou e a Plataforma PAI-Terra Ranka não foi reconhecida como
coligação e não vai puder participar nas próximas eleições.
“Assim
sendo, uma vez que o PAIGC não foi capaz de apresentar uma solução alternativa
de forma a participar nas eleições com as suas listas próprias, agora vê a sua
participação comprometida no próximo escrutínio “, disse.
Pinto
Pereira afirmou que pela primeira vez na história democrática da Guiné-Bissau,
o PAIGC corre o risco de não participar nas próximas eleições porque não foi
capaz de apresentar uma lista de candidatos a deputado no seu próprio nome.
Acrescentou
que a própria candidatura presidencial que o PAIGC pretende apoiar, muito
provavelmente, estará igualmente comprometida, tendo em conta que foi apresentada
em nome da PAI- Terra Ranka. ANG/ÂC//SG

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