quarta-feira, 15 de outubro de 2025

     Quénia/Morreu Raila Odinga, aos 80 anos, líder da oposição queniana

Bissau, 15 Out 25 (ANG) - Raila Odinga, líder da oposição queniana e figura p
olítica emblemática, faleceu esta quarta-feira, aos 80 anos, na Índia, onde recebia cuidados médicos.

Odinga marcou profundamente a história política do Quénia, tendo sido várias vezes candidato à presidência e ocupando o cargo de primeiro-ministro entre 2008 e 2013.

Raila Odinga morreu na manhã de quarta-feira, 15 de outubro de 2025, no Estado de Kerala, no sul da Índia, após ter sofrido uma súbita insuficiência respiratória durante uma caminhada matinal com familiares e o seu médico. Foi levado para o hospital, onde foi declarado morto.

Conhecido como “Baba” (pai, em suaíli), o homem político de 80 anos, foi uma das principais figuras políticas do Quénia, filho do histórico líder Jaramogi Oginga Odinga.

Ao longo da sua carreira, foi deputado e primeiro-ministro entre 2008 e 2013, no governo de união nacional formado após a crise eleitoral de 2007, mas nunca consegui atingir o cargo de presidente. Em 2017 ele congratulava-se com a anulação das eleições, numa decisão do Supremo Tribunal.

Nas últimas eleições presidenciais de 2022, foi derrotado por William Ruto, embora tenha contestado os resultados, denunciando uma suposta fraude. Recentemente, tinha-se aproximado de Ruto, numa aliança política agora incerta com a sua morte.

Conhecido pela sua luta contra regimes autoritários e pelo seu papel central na oposição, Odinga foi preso por várias vezes e exilado durante o regime de Daniel Arap Moi (1978-2002).

A morte de Raila Odinga provocou reacções de pesar entre os seus apoiantes, especialmente nas regiões de Nairobi e Kisumu. O presidente queniano William Ruto deslocou-se à residência familiar para acompanhar a situação. Diversos líderes africanos apresentaram condolências oficiais, incluindo o primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed e o presidente djibutiano Ismail Omar Guelleh, reconhecendo o papel de Odinga no desenvolvimento da democracia no Quénia e em África.ANG/RFI

 

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