quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Transportes Terrestre/Advogado da CETIS nega que a empresa tenha qualquer responsabilidade na produção de Cartas de Condução falsas apreendidas

Bissau,15 Out 25(ANG) – O advogado da CETIS, empresa da Eslovénia que imprimia Cartas de Condução e Livretes nega que a esta instituição tenha qualquer responsabilidade na produção de Cartas de Condução falsas, apreendidas pelas autoridades policiais.

Paulino Mendes falava hoje conferência de imprensa, em reação as declarações proferidas pelo atual Diretor-geral da Viação e Transportes Terrestres, Jaimentino Có, segundo as quais as Cartas de Condução falsas apreendidas estariam relacionadas ao modelo utilizado pela CETIS, a empresa da Eslovénia que já não imprime Cartas de Condução.

“Aquando da visita que o Presidente da República efetuou as instalações da Direção Geral de Viação e Transportes Terrestres, ao ser interpelado se tomou conhecimento ou não de uma suposta Carta de Condução falsa na posse de um cidadão guineense em Portugal, Jaimentino Có disse que tomou e que essa carta parte do sistema anterior utilizado pela empresa CETIS que emitia Cartas de Condução e Chapas de Matrículas”, frisou.

O advogado diz que tais afirmações não correspondem a verdade dos factos, porque “a CETIS não emite as chapas de matrículas e quem as emite é outra empresa”.

“O segundo aspeto é que a CETIS também não emite Carta de Condução, mas sim, ela faz a impressão. Quem as emite são as autoridades competentes da Guiné-Bissau, em particular a Direção Geral de Viação e Transportes Terrestre”, disse.

Paulino Mendes destaca que a CETIS é simples impressora e não faz nada mais do que isso.

Mendes explica que quando as autoridades competentes recebem um pedido, e fazem a competente avaliação, deferem e mandam para a CETIS e esta faz a impressão, tanto de Carta de Condução assim como de Livrete.

Afirmou que é o que fazia a CETIS até o dia 20 de Setembro de 2024, acrescentando que a partir daí não é ela quem faz esse trabalho.

Paulino Mendes disse que a CETIS, em 2009, através de um concurso público, candidatou-se e foi selecionada para produzir Carta de Condução e nesta altura apresentou vários formatos de cartas e cada uma com a sua qualidade, com elementos de segurança e valor.

Disse que foram as autoridades guineenses que escolheram o atual modelo de carta de condução, frisando que entre as cartas apresentadas, o modelo escolhido é das mais baratas e não a de melhor qualidade.

Disse que durante o tempo em que vigorava o contrato entre CETIS e o Governo guineense, a empresa apresentou várias propostas no sentido de melhoria de segurança de Carta de Condução, mas que não houve qualquer resposta satisfatória.

“Contudo, esta empresa CETIS está grata com autoridades nacionais, porque a Guiné-Bissau foi a sua primeira aventura   fora da Eslovênia, em 2009, e agora opera em 29 países”, disse Paulino Mendes.

O contrato com a CETIS está agora limitado a impressão de passaportes, numa operação que envolve a Inacep, a Direção-geral da Migração e Fronteiras, e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades.

A Direção-geral da Viação e Transportes Terrestre tem em posse várias cartas falsas apreendidas, imprimidas com base em modelo anterior, que a nova direção já não usa para a produção da Carta de Condução. ANG/ÂC//SG

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