China/Xi Jinping defende que Faixa de Gaza fique sob controlo palestiniano
Bissau, 26 Nov 25(ANG) - O Presidente chinês pediu que a reconstrução da Faixa de Gaza seja realizada sob o princípio “palestinianos governam a Palestina” e exortou a comunidade internacional a promover um “cessar-fogo abrangente e duradouro”.
Xi
Jinping afirmou que a questão palestiniana “afeta a equidade e a justiça internacionais”
e constitui “um teste à eficácia do sistema de governação global”, referiu o
Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Numa
mensagem enviada para uma reunião da ONU, na terça-feira, o líder chinês
defendeu que a comunidade internacional deve “assumir responsabilidades,
corrigir injustiças históricas e defender a justiça”.
Por
ocasião do Dia internacional de solidariedade com o povo palestiniano, Xi
sublinhou que qualquer estrutura pós-guerra deve respeitar “a vontade do povo
palestiniano” e ter em conta as preocupações legítimas dos países da
região.
O
líder chinês insistiu que os esforços devem “ancorar-se na solução de dois
Estados”, para alcançar um acordo político “abrangente, justo e duradouro”.
O
Presidente chinês referiu que a prioridade imediata é melhorar a situação
humanitária e aliviar o sofrimento dos civis em Gaza, e reiterou que Pequim,
enquanto membro permanente do Conselho de Segurança, “continuará a apoiar a
causa justa do povo palestiniano para restaurar os seus direitos nacionais
legítimos”.
A
mensagem surge poucos dias depois de o Conselho de Segurança ter aprovado uma
resolução, baseada em um plano do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
que estabelece uma força de segurança internacional para Gaza até 2027.
A
China absteve-se na votação, afirmando que o texto "é vago" em
aspetos fundamentais e não reflete suficientemente a soberania palestiniana,
críticas também partilhadas pela Rússia.
Pequim
tem insistido, nas últimas semanas, que qualquer acordo pós-guerra deve evitar
fórmulas de tutela externa e ser reforçado por um processo político que dê
protagonismo aos palestinianos.
O
porta-voz chinês Fu Cong advertiu no Conselho de Segurança que, na abordagem
aprovada, “a Palestina é pouco visível” e os mecanismos de governação propostos
carecem de clareza.
O
conflito continua ativo, apesar do cessar-fogo declarado há mais de um mês. De
acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza divulgados esta semana, mais de
350 palestinianos foram mortos desde então por fogo israelita.
Israel
afirma ter atuado em resposta a incursões de militantes que atravessaram a
chamada 'linha amarela', a área do enclave palestiniano para onde o exército
israelita se retirou no início da trégua.
Paralelamente,
as organizações israelitas de defesa dos direitos humanos denunciaram uma grave
deterioração das condições dos prisioneiros palestinianos.
Ao
mesmo tempo, avolumam-se as disputas internas entre o Governo e o exército
israelitas sobre a gestão da guerra e as investigações sobre as falhas
anteriores ao ataque do movimento islamita palestiniano Hamas de 07 de outubro
de 2023.
ANG/Inforpress/Lusa

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