CMB/Sindicato dos trabalhadores prolonga
greve e acusa presidente de incumprimento de acordo
Bissau, 26 Nov
25 (ANG) - O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Câmara Municipal de
Bissau (CMB) disse que decidiram prolongar, por duas semanas, a greve geral
iniciada em Novembro, devido ao alegado incumprimento do acordo assinado, em Fevereiro
com a direção da CMB, na presença do
representante do Ministério da Função Pública.
Em
declarações hoje à ANG, o presidente do sindicato, Ivo Indafa afirmou que a
paralisação prossegue porque a direção da CMB “não está a cumprir os
compromissos assumidos”, nomeadamente o início do pagamento da Segurança Social
de vários funcionários.
“A greve
começou hoje, 26 de Novembro e termina no próximo dia 05 de Dezembro”, disse .
Segundo
Indafa, após a primeira vaga de greve, que decorreu de 18 à 24 do mês em curso,
o presidente da Câmara, José Medina Lobato procedeu apenas ao pagamento de um
mês de salário em atraso.
Para o
sindicalista, o gesto não é insuficiente e revela “falta de interesse em diálogar
com o sindicato”.
O dirigente
sindical informou ainda que a dívida da Câmara Municipal para com a segurança
social é “acumulada desde 2021 à 2024”, correspondendo a, 2021- 2 meses em
atraso; 2022 - 3 meses; 2023 mais de seis meses e 2024 nenhum mês pago.
De acordo
com o sindicato, o montante em dívida ultrapassa 600 milhões de francos CFA,
aos quais se somam 72 milhões em juros, totalizando cerca de 728 milhões de
francos CFA.
Indafa
questiona o destino dos descontos feitos mensalmente nos salários dos
trabalhadores e acusa o Presidente da Câmara de ser “um dos dirigentes que mais
contribuiu para o agravamento da dívida”.
Entre as
principais reivindicações, o sindicato exige o pagamento integral ou parcelada da
segurança social, reajuste salarial, atribuição de subsídio de fim de semana
aos fiscais dos mercados e dias de férias para o pessoal de higiene.
A greve, de
acordo com Ivo Indafa, abrange todos os serviços da Câmara Municipal, e decorre
com observação dos serviços mínimos.
O sindicalista
criticou também uma ordem do Presidente da Câmara que mandou retirar das
paredes da instituição todos os avisos relativos à greve. medida que, segundo
Indafa, “nunca tinha acontecido na história da instituição”.
Disse que a
primeira fase da paralisação registou “mais de 60% de adesão”.
Indafa
voltou a apelar aos funcionários efetivos para confiarem no sindicato e se
manterem mobilizados. ANG/LPG//SG

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