sexta-feira, 21 de novembro de 2025

      EUA/Plano de paz  inclui cedência de territórios ucranianos à Rússia

Bissau, 21 Nov 25 (ANG) - O esboço do plano de paz norte-americano já é conhecido
e prevê que a Ucrânia ceda as regiões de Donetsk e de Lugansk à Rússia, que reconheça a anexação russa da Crimeia, que reduza o seu Exército e que se comprometa em não aderir à NATO, propostas que a Ucrânia tem rejeitado, até agora.

O documento inclui, também, um “pacto global de não agressão” entre a Rússia, Ucrânia e a Europa.

Volodymyr Zelensky disse que pretende falar “nos próximos dias” com Donald Trump sobre o plano de paz norte-americano para o fim do conflito com a Rússia. A decisão foi anunciada pelo gabinete do presidente ucraniano, apesar das críticas e de a proposta norte-americana prever que a Ucrânia ceda em questões que até agora Kiev tem rejeitado.

Entre os principais pontos estão o reconhecimento ucraniano de que a Crimeia, Lugansk e Donetsk são regiões russas, enquanto Kherson e Zaporijjia “serão congeladas ao longo da linha de contacto, o que significará um reconhecimento de facto ao longo dessa linha”, explica a agência France Presse.

Outros pontos são um “pacto global de não agressão” entre a Rússia, Ucrânia e a Europa, a redução das forças ucranianas a 600.000 efectivos e a inscrição na Constituição ucraniana de que não aderirá à NATO.

Por outro lado, prevê-se, por exemplo, a reintegração da Rússia na economia global e o seu regresso ao G8, enquanto 100 mil milhões de dólares de activos russos congelados deveriam ser investidos em projectos liderados pelos Estados Unidos para reconstruir e investir na Ucrânia, sendo que os Estados Unidos receberiam 50% dos benefícios.

Esta sexta-feira, a Presidência russa advertiu o Presidente ucraniano de que deve negociar o fim da guerra, sob pena de a Ucrânia perder novos territórios: “É melhor negociar e fazê-lo agora do que mais tarde. O espaço para tomar decisões para ele [Volodymyr Zelensky] reduz-se à medida que perde territórios”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.ANG/RFI

 

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