EUA/ Tiroteio perto da Casa Branca, Donald Trump denuncia "acto de terrorismo"
Bissau, 27 Nov 25 (ANG) – Dois militares da Guarda Nacional foram atingidos, esta quarta-feira, 26 de Novembro, por disparos de arma de fogo em Washington, anunciou a secretária da Segurança Interna, Kristi Noem. Um suspeito foi detido. O Presidente norte-americano qualificou o ataque como um "acto de terrorismo".
A meio do dia, em pleno centro da capital norte-americana, num
bairro de escritórios a duas ruas da Casa Branca, ecoaram disparos que feriram
dois membros da Guarda Nacional. Donald Trump, encontrava-se na sua residência
de Mar-a-Lago, na Florida, para os feriados de Thanksgiving, informou na sua
plataforma Truth Social que os dois militares estavam "gravemente
feridos".
Pouco depois do tiroteio, o governador da Virgínia-Ocidental,
Patrick Morrisey, afirmou que os dois guardas tinham morrido devido aos
ferimentos. Vinte minutos mais tarde, voltou atrás nas afirmações, alegando ter
recebido "informações
contraditórias" sobre o estado clínico das vítimas.
Em conferência de imprensa, o director do FBI, Kash Patel,
esclareceu que os dois militares permanecem em "estado crítico".
O responsável da polícia de Washington, Jeffrey Carroll,
explicou que "um
suspeito chegou à esquina da rua, levantou a arma e disparou contra guardas
nacionais" que se encontravam em patrulha. Outros
militares conseguiram proceder, rapidamente, à detenção.
A autarca de Washington, Muriel Bowser, confirmou que os
disparos foram dirigidos especificamente aos guardas nacionais.
À noite, vários meios de comunicação norte-americanos, entre
eles a NBC News e o Washington
Post, avançaram que o suspeito é de nacionalidade afegã, informação
confirmada por Donald Trump numa declaração em vídeo. Segundo o Presidente
norte-americano, trata-se de "um
estrangeiro que entrou no nosso país vindo do Afeganistão" e
que "foi trazido para
aqui pelo governo Joe Biden em Setembro de 2021".
Na Florida, Donald Trump teceu críticas à política migratória,
classificando a imigração como "a
maior ameaça à segurança nacional". Acusou o antigo presidente
Joe Biden de ter permitido a entrada de "milhões" de
estrangeiros e anunciou que o seu governo vai "reexaminar" todos os
indivíduos chegados do Afeganistão durante o mandato de Joe Biden.
De acordo com a Fox News, o suspeito, de 29 anos, tinha
colaborado com o exército norte-americano e com a CIA no Afeganistão, tendo
entrado nos Estados Unidos em Setembro de 2021, um mês depois do recuo das
tropas americanas.
Donald Trump já tinha garantido que o autor dos disparos seria
punido. Referindo-se ao suspeito, afirmou que este estava "gravemente ferido" e
que "pagará muito
caro" pelo que fez.
Jeffrey Carroll declarou não existir, por enquanto, conhecimento
de qualquer motivo que explique o ataque.
A Casa Branca diz estar a acompanhar a situação, a zona foi
imediatamente isolada, com dezenas de veículos policiais e forças de segurança
federais e locais mobilizadas para o local.
O ataque acontece num período em que centenas de militares estão
destacados na capital a pedido de Donald Trump, apesar da oposição das
autoridades locais democratas. Segundo o Presidente, este reforço seria
necessário para combater a criminalidade e apoiar os serviços federais de
imigração (ICE).
Em meados de Novembro, estavam mobilizados 2 175 militares em
Washington, segundo dados oficiais. A autarquia contestou judicialmente esta
intervenção, acusando o governo federal de ultrapassar os seus poderes, e os
tribunais deram-lhe razão na semana passada.ANG/RFI

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