quinta-feira, 27 de novembro de 2025

            Hong Kong/ Incêndio mortífero provoca mais de 50 mortes

Bissau, 27 Nov 25 (ANG) - Um incêndio num bloco de apartamentos de um bairro social, em Hong Kong, provocou mais de 50 mortes, tornando-se o incêndio mais mortífero da região nos últimos 100 anos. Há ainda mais de 270 desaparecidos.

 

Mais de 50 pessoas morreram na sequência de um incêndio num bloco de apartamentos num bairro social em Hong Kong, que é já considerado o mais mortífero dos últimos 100 anos da região chinesa. Há ainda mais de 270 desaparecidos.

O incêndio deflagrou pelas 14h51 locais (6h51 em Lisboa) de quarta-feira, no distrito de Tai Po, no Wang Fuk Court, um bairro social construído nos anos 80, composto por oito torres com cerca de 30 andares e um total de 1.984 apartamentos. 

mais recente balanço aponta para 55 mortos, incluindo um bombeiro, 68 feridos, dos quais 16 em estado crítico, e 279 desaparecidos.

Até às 10h00 (hora em Portugal) desta quinta-feira, as chamas estavam a ser combatidas por mais de 700 bombeiros. Segundo o chefe do Executivo, John Lee Ka-chiu, o incêndio encontra-se "basicamente controlado". 

Segundo especialistas ouvidos pela CNN, as chamas consumiram 32 andares em apenas cinco minutos.

As causas do fogo ainda estão a ser investigadas, mas a polícia já deteve três homens por suspeita de homicídio involuntário, após a descoberta de materiais inflamáveis deixados durante trabalhos de manutenção que levaram as chamas a propagar-se rapidamente pelos andares de bambu. 

Entre os detidos, segundo a BBC, estão dois diretores de uma empresa de construção e um consultor de engenharia. Têm entre 52 e 68 anos.

Já Comissão Independente Contra a Corrupção de Hong Kong criou "um grupo de trabalho para iniciar uma investigação completa sobre a possível corrupção no grande projeto de renovação do Wang Fuk Court em Tai Po".

Esta quinta-feira, o governo de Hong Kong anunciou a criação de um fundo com 300 milhões de dólares locais (33,3 milhões de euros) para as vítimas do incêndio.

Numa conferência de imprensa, adiada por duas vezes, o chefe do Executivo, John Lee Ka-chiu, disse que o fundo, criado no banco estatal Banco da China, começará a aceitar donativos a partir das 19h00 (11h00 em Lisboa).

John Lee anunciou ainda que o governo irá distribuir, até ao final do dia de hoje, 10 mil dólares de Hong Kong (1.110 euros) a cada família afetada.ANG/Lusa

 

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