Saneamento/Ministro dos Recursos Naturais diz que Guiné-Bissau
carece de sistemas adequados de saneamento
Bissau,
18 Nov 25 (ANG) — O ministro dos Recursos Naturais, disse esta terça-feira que a Guiné-Bissau
continua a enfrentar graves carências em matéria de saneamento líquido, devido
a inexistência de redes de esgoto e de infraestruturas para recolha, tratamento
e reutilização de águas residuais.
Segundo
o governante, a falta desses meios contribui para o desperdício de água e
aumenta os riscos ambientais e de saúde pública.
Malam
Sambú fez estas considerações em mensagem alusiva ao Dia Mundial das Latrinas, que
se assinala dia 19 de Novembro, sob o lema “Saneamento básico num mundo em
mudanças”.
Sambu
destacou que 11 por cento da população guineense ainda pratica a defecação a
céu aberto, embora o número represente uma melhoria face aos 16 por cento
registados em 2014.
Instituída
pelas Nações Unidas em 2013, a data visa chamar a atenção para a importância do
saneamento básico como Direitos Humano essencial e elemento chave para a saúde
e o desenvolvimento sustentável.
O
ministro, e igualmente Presidente do
Comité Interministerial de Água (CIMA), sublinhou que os desafios atuais: fenómenos climáticos extremos, urbanização
acelerada, desigualdades sociais e pressão sobre os recursos hídricos, exigem
sistemas de saneamento mais resilientes.
Revelou
que quase 90 por cento da população ainda
depende de águas subterrâneas para consumo doméstico, sendo que 77 por cento
dos poços tradicionais estão contaminados por coliformes fecais, consequência
direta da falta de latrinas e da prática de defecação a céu aberto.
Apesar
deste cenário preocupante, o ministro destacou progressos alcançados através da
estratégia PACOMA – “Nô pára cocó na matu” e do envolvimento das comunidades.
Segundo
disse, 1.789 comunidades já foram declaradas livres de defecação a céu aberto,
abrangendo 52.588 famílias, o que corresponde a cerca de 426.159 pessoas.
O
governante reafirmou o compromisso do Executivo de continuar a reforçar a
participação comunitária, contando com associações locais, ONG e outros atores
sociais como parceiros essenciais para o desenvolvimento do sub-setor de
saneamento.
Malam
Sambú apelou ainda ao apoio contínuo dos parceiros financeiros e da comunidade
internacional, sublinhando que “o saneamento é a base da saúde, da dignidade e
da erradicação da pobreza”.ANG/MI/ÂC//SG

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