quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Internacional

França abre investigação contra regime de Bashar al-Assad

Bissau, 01 Out 15(ANG)- A França abriu uma investigação por "crimes de guerra" contra o regime de Bashar al-Assad por abusos realizados na Síria entre 2011 e 2013.

 Num momento em que a Rússia lançou os primeiros bombardeamentos aéreos em território sírio.

 A procuradoria de Paris abriu no passado dia 15 de Setembro uma investigação preliminar por "crimes de guerra" contra o regime sírio como avança hoje, à agência noticiosa France Presse, uma fonte diplomática.

A investigação baseou-se  no testemunho de "César" através do qual os investigadores franceses trabalharam, principalmente, com base nas fotografias de um antigo fotógrafo da polícia militar síria que fugiu desse país em Julho de 2013, transportando 55 mil fotografias que retratam corpos torturados.

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, em declaração à France Presse afirmou que "diante desses crimes que ferem a consciência humana, diante dessa burocracia do horror, diante dessa negação dos valores de humanidade, temos a responsabilidade de agir contra a impunidade desses assassínios".

O anúncio desta investigação acontece no momento em que a crise síria domina a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. Quartq-feira o Presidente norte-americano, Barack Obama, insistiu na demissão do Presidente sírio, Bashar al-Assad, com vista a derrotar os jihadistas do Estado Islâmico. Posição contrária à defendida pela Rússia que defende o permanecer de Al-Assad no poder sírio.

Hoje a Rússia lançou os primeiros bombardeamentos aéreos em território sírio, poucas horas depois de o parlamento russo ter emitido o sinal verde para que o Presidente Vladimir Putin pudesse recorrer à força militar no estrangeiro. O primeiro ataque aéreo teve como alvo o oeste sírio, a norte de Homs. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, dá conta à France Presse que no ataque de hoje resultam pelo menos 27 mortes.


 Este que acontece três dias depois do governo francês de François Hollande ter levado a cabo o primeiro ataque aéreo contra o autoproclamado Estado Islâmico (E.I.) - matando pelo menos 30 jihadistas. Ataque que teve como alvo um campo na província oriental de Deir Ezor usado pelo grupo radical E.I. para estabelecer comunicação com as suas forças presentes no Iraque e na Síria.

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