terça-feira, 5 de abril de 2016

Greve no Ensino Público


MEN pede ponderação e bom senso a SINDEPROF 

Bissau, 05 Abr 16 (ANG) - O Presidente da Comissão Negocial de Greve do Ministério da Educação (PCNGME) pediu ponderação e bom senso ao Sindicato Democrático dos Professores (Sindeprof), em relação as greves decretadas nos ultimos tempos por esta organizaçao.

Em declarações exclusivas hoje à ANG quando falava das diligências em curso para travar a sucessivas paralisações no sector educativo, Felisberto Semedo referiu que as negociações levadas a cabo com o Sindeprof não surtiram efeitos, pelo que solicitaram  a intervenção do Ministério da Função Publica para ajudar a encontrar uma solucao sobre este assunto.

Questionado sobre as declaracoes do sindicato, segundo as quais não houve garantias da parte do executivo que pudesse levar ao levantamento da greve, aquele responsável salientou que numa negociação quando uma parte discordar com as propostas apresentadas, deve, isso sim, avançar com a contra proposta.

"Isso não foi o caso uma vez que não recebemos nenhuma proposta concreta do sindicato em relação ao Memorando do Entendimento assinado", explicou Felisberto Semedo. 

Salientou que a retirada da sala dos dirigentes do Sindeprof nos encontros negociais mostra claramente que o mesmo não quer ceder,  garantindo que o patronato vai prosseguir na senda do diálogo.

Felisberto Semedo adiantou que todas as dívidas contraídas com os professores e que deviam ser pagas em 2016, se encontram agora dependentes da aprovação do Orçamento Geral do Estado (OGE). E que na mesma situacao se encontram os  pagamento de retroactivos, harmonização de letras entre outros . 

“O sindicato exige agora a inclusão da fixação de salário mínimo no sector educativo num valor de 162 mil FCA", informou.

O Presidente da Comissão Negocial de Greve disse que a questao do aumento salarial exigido pelo SINDEPROF constitui um processo que devia constar como proposta e não uma exigência.

Disse que, se o Sindeprof não ponderar, principalmente na questão do salário mínimo, o ano escolar nas escolas públicas poderá ser nula porque, segundo ele, é um processo que leva tempo e tem que passar pelo Ministério da Função Pública, a Assembleia Nacional Popular e até a Promulgação pelo Presidente da República. 

“Por isso, peço em nome da Comissão Negocial ao sindicato que pondere um pouco porque ao fim ao cabo são os nossos filhos que estao a sofrer as consequências", criticou tendo pedido ao sindicato um benefício de dúvida ao governo.

O Sindicato Democrático dos Professores(Sindeprof) iniciou desde Março passado uma série de greves exigindo ao governo, entre outros, o pagamento de alguns atrasados, aumento salarial aos professores e a harmonizacao de letras.

Entretanto, o SINDEPROF já ameaca  com uma nova paralisacao de um mes, caso as partes nao chegassem a um acordo no fim da greve de 10 dias em curso nas escolas publicas. 

ANG/MSC/SG





 

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